O primeiro confronto direto do segundo turno entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) estabeleceu a tônica das duas campanhas para as próximas semanas, na qual deve perdurar a inversão de papéis dos candidatos. De acordo com as respectivas coordenações de campanha, a petista deve manter a postura "assertiva", enquanto Serra evitará acompanhar a escalada - a lição foi aprendida quando Geraldo Alckmin despencou nas urnas após atacar Lula no segundo turno das eleições de 2006.
Mesmo sob pressão do PT, o comando de comunicação da campanha tucana não pretende subir o tom daqui em diante, ao contrário da estratégia adotada até então, quando o foco estava nos escândalos envolvendo a Casa Civil. O publicitário Luiz Gonzalez admitiu que o partido tem preocupação para evitar danos eleitorais. Sobretudo, por conta do rescaldo político da última eleição.
" Esse discurso agressivo da Dilma é para dentro do próprio PT, não replica nos eleitores "
- Na época, vieram me parabenizar, perguntavam até se eu tinha dado Viagra para o Alckmin. E deu no que deu, dias depois do debate ele já estava em queda - disse Gonzalez.
A ideia, a partir de agora, é se igualar ao tom adotado por Dilma apenas quando as críticas colocarem Serra numa situação delicada como administrador público. Partir para o confronto apenas com relação a números, e evitar ao máximo cair em provocação da adversária.
- Esse discurso agressivo da Dilma é para dentro do próprio PT, não replica nos eleitores. E não vamos entrar nessa - avalia o marqueteiro tucano.
ALIADOS PRESSIONAM POR REAÇÃO TUCANA
Há, porém, pressão da ala política para que Serra parta para o confronto. Líderes tucanos avaliam que o candidato não pode parecer intimidado pela petista. Os dirigentes só esperam uma avaliação do tracking interno para saber se realmente esse tipo de postura não afasta eleitores.
- Temos que mostrar nossa indignação com o descomando desse governo, com toda essa corrupção. O que não podemos é mostrar raiva, ódio, que é o que está acontecendo na campanha do PT - disse Sérgio Guerra, presidente do partido.
Já a cúpula da campanha de Dilma Rousseff calculou cuidadosamente a nova postura da candidata domingo, inclusive na montagem da artilharia utilizada no debate.
Apesar da avaliação inicial de que Dilma deveria adotar o "paz e amor", a campanha decidiu que essa estratégia caberá a Lula, que não pode perder seu capital político. A presidenciável, por outro lado, estaria sofrendo perdas diretas com as críticas que colocam em dúvida sua autonomia, confiabilidade e capacidade. Se não respondesse, poderia estimular a pecha de "cumplicidade" e "fraqueza".
Mesmo sob pressão do PT, o comando de comunicação da campanha tucana não pretende subir o tom daqui em diante, ao contrário da estratégia adotada até então, quando o foco estava nos escândalos envolvendo a Casa Civil. O publicitário Luiz Gonzalez admitiu que o partido tem preocupação para evitar danos eleitorais. Sobretudo, por conta do rescaldo político da última eleição.
" Esse discurso agressivo da Dilma é para dentro do próprio PT, não replica nos eleitores "
- Na época, vieram me parabenizar, perguntavam até se eu tinha dado Viagra para o Alckmin. E deu no que deu, dias depois do debate ele já estava em queda - disse Gonzalez.
A ideia, a partir de agora, é se igualar ao tom adotado por Dilma apenas quando as críticas colocarem Serra numa situação delicada como administrador público. Partir para o confronto apenas com relação a números, e evitar ao máximo cair em provocação da adversária.
- Esse discurso agressivo da Dilma é para dentro do próprio PT, não replica nos eleitores. E não vamos entrar nessa - avalia o marqueteiro tucano.
ALIADOS PRESSIONAM POR REAÇÃO TUCANA
Há, porém, pressão da ala política para que Serra parta para o confronto. Líderes tucanos avaliam que o candidato não pode parecer intimidado pela petista. Os dirigentes só esperam uma avaliação do tracking interno para saber se realmente esse tipo de postura não afasta eleitores.
- Temos que mostrar nossa indignação com o descomando desse governo, com toda essa corrupção. O que não podemos é mostrar raiva, ódio, que é o que está acontecendo na campanha do PT - disse Sérgio Guerra, presidente do partido.
Já a cúpula da campanha de Dilma Rousseff calculou cuidadosamente a nova postura da candidata domingo, inclusive na montagem da artilharia utilizada no debate.
Apesar da avaliação inicial de que Dilma deveria adotar o "paz e amor", a campanha decidiu que essa estratégia caberá a Lula, que não pode perder seu capital político. A presidenciável, por outro lado, estaria sofrendo perdas diretas com as críticas que colocam em dúvida sua autonomia, confiabilidade e capacidade. Se não respondesse, poderia estimular a pecha de "cumplicidade" e "fraqueza".
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