Conhecido por seus movimentos rápidos e certeiros na época de jogador, Romário trocou a companhia agressiva dos zagueiros pela marcação cerrada dos credores, atentos a toda e qualquer movimentação (financeira) do ex-atacante. Com um currículo com várias derrotas judiciais — e algumas vitórias —, o Baixinho foi intimado, no último dia 13, a pagar R$ 1,069 milhão aos herdeiros de uma advogada da ex-mulher Mônica Santoro.
A decisão da 5ª Vara de Família terá que ser cumprida em 15 dias. O agora deputado federal do PSB foi condenado a pagar uma dívida ao espólio da advogada Vitória Regina da Cunha Chaer de Moraes Marques, que morreu em 2006. Vitória conseguira, numa ação proposta em 1997, uma sentença favorável à ex-senhora Romário. Na ocasião, Mônica ganhou o direito de receber metade do valor conseguido pelo ex-atacante em aluguéis dos bens comuns do casal. No entanto, o Baixinho não pagou imediatamente, o que fez Mônica cobrar a dívida numa ação de execução judicial.
Mônica, então, finalmente teve a parte dela. Vitória, no entanto, nunca recebeu os honorários, cujo pagamento é uma obrigação do ex-atleta, a parte derrotada. Segundo o advogado de Romário, Norval Campos, a advogada não recebeu porque, antes que Mônica Santoro embolsasse o dinheiro, Vitória decidiu cobrar os honorários separadamente, numa outra ação. E perdeu. Norval conta que, em 2010, após a ex de Romário receber, os herdeiros de Vitória pediram para desarquivar o processo de execução fiscal e cobrar, nele, os honorários.
— Essa cobrança prescreveu (passou o prazo de reivindicar o direito à Justiça). Vou alegar isso — disse Norval, acrescentando que os valores reivindicados pelo espólio vão de 1998 a 2002.
O advogado que defende os herdeiros de Vitória, Wilson Marques, lembra que a defesa de Romário já entrou com, pelo menos, um recurso, mas, segundo ele, o pedido foi negado.
Alheio à polêmica, Romário estava ontem no Piauí, onde disse que não será candidato a prefeito do Rio, desmentindo boatos. ()
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