terça-feira, dezembro 18, 2007

UNIVERSITÁRIO REVELA AFLIÇÃO AO FICAR PRESO NO BANCO DO BRASIL

O Banco do Brasil terá de pagar indenização por danos morais, no valor de R$ 4 mil, ao universitário montes-clarense Jorge Luís Silva. O acadêmico de Biomedicina da Funorte entrou na justiça, em 2005, alegando que sofreu humilhação pública ao ficar preso no interior de uma agência do banco localizada na Avenida Sanitária. E, agora, a decisão de primeira instância, dando provimento à causa, foi confirmada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais. O banco ainda pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal, em Brasília.
Na tarde de ontem, terça-feira, o estudante falou com exclusividade a O NORTE. Diz que, em agosto de 2005, antes das 10h da noite, foi à agência sacar dinheiro para viajar. Quando entrou percebeu que não havia cédulas em nenhum dos caixas eletrônicos. Tentou sair do banco, mas a porta emperrou e foi obrigado a ficar até 3h30 da madrugada trancado no local. Naquele dia nenhum guarda fazia a segurança na agência.
De acordo com Jorge Luís, durante o tempo que ficou preso, ele foi vítima de humilhações:
- As pessoas que passavam fora do banco falavam que iam chamar a polícia, pensavam que era um assalto. Como estava com o celular, comecei a fazer ligações para o 0800 da agência, mas nunca dava certo, caía em uma gravação. Então, liguei para o corpo de bombeiros, que me informou que nada podia fazer, pois a situação não apresentava risco de morte.
Como não tinha mais o que fazer, o estudante chegou a pensar que teria que esperar a agência abrir no horário normal para conseguir sair do banco. Foi quando algumas pessoas que estavam na avenida começaram a forçar a porta.
- Eu fiquei até com medo de sofrer algum tipo de agressão. Mas, enfim, eles conseguiram abrir a porta e eu fui para casa.
Jorge Luís afirma que entrou na justiça para exigir que seus direitos sejam respeitados:
- Muita gente que não tem informação acaba não correndo atrás do cumprimento da lei. Foi humilhante o que passei, por isso, resolvi entrar na justiça. Já que os bancos são tão exigentes e nunca perdoam as taxas, quero os meus direitos respeitados.

0 comentários: