segunda-feira, maio 05, 2008

MICARETA ATRAI MAIS DE 60 MIL FOLIÕES

Por Girleno Alencar
Da Sucursal do Hoje em Dia

O Carnamontes 2008 acabou na madrugada de ontem, em Montes Claros, arrastando mais de 60 mil foliões e se consolidando como a maior micareta aberta de Minas Gerais. Os participantes foram ao delírio nas madrugadas de sábado e domingo, quando a cantora Cláudia Leite subiu ao palco, respectivamente, com as bandas Cheiro de Amor e Bafafá e Psirico. Os organizadores do evento comemoram o sucesso do Carnamontes 2008, que teve apoio do Hoje em Dia e lotou a Passarela da Folia, formada pela Avenida José Corrêa Machado e a Praça dos Jatobás.
Aindan neste ano, Montes Claros deverá ter duas outras micaretas, no modelo «in door» (em área fechada), com acesso somente para quem portar abadás. A cidade é uma das poucas que realiza três micaretas por ano.
As bandas que se apresentaram tocaram os grandes sucessos do axé music e até mesmo repertório internacional, incluindo a música eletrônica e o hip hop. Na sexta-feira passada, exatamente às 23h45, a cantora Cláudia Leite abriu a folia, quando subiu ao trio elétrico Axé e Cia.
Depois veio a banda Cheiro de Amor, uma das mais tradicionais do circuito de micaretas do Brasil. A noite foi encerrada pelo cantor Tomate, puxando o Bole-Bole, quando o dia já começava a clarear. Tanto Cláudia Leite como Tomate estrearam em Montes Claros em carreira solo.
No sábado à noite, foi a vez de a banda Inimigos da HP começar o segundo e último dia da micareta, trazendo repertório variadíssimo, principalmente o samba. Porém, foi a banda Bafafá, que tem apenas cinco anos de circuito, a responsável pela sensação da noite: a cantora Mariela Corrêa arrastou o Bloco Pipoca, formado por foliões sem abadás, contagiando todo o local e fazendo dois giros pela praça até se encontrar com a banda Psirico. As duas bandas levaram os foliões ao delírio.

1 comentários:

Anônimo disse...

FONTE: www.onorte.net

Prefeito acusado de forçar negociatas com empreiteiros

07/05/2008 - 13h20m
Eduardo Brasil
Repórter

O vereador Athos Mameluque – PMDB usou a tribuna da câmara municipal de Montes Claros, na reunião de ontem, para levantar novas e graves suspeitas de irregularidades envolvendo o prefeito Athos Avelino – PPS. Segundo ele, o chefe do executivo estaria forçando representantes de algumas empreiteiras a acordos suspeitos para que possam responder por obras municipais na cidade. Os empresários, ainda de acordo com Mameluque, só responderiam pelas obras sob a condição de que, fora da prefeitura, haja outro acerto de conta dos valores acertados no seu gabinete – ou seja, o prefeito estaria ganhando por fora.

- Estive conversando com vários empresários e eles me relataram que o prefeito, fora do prédio da prefeitura, estaria forçando os prestadores de serviço a essas condições para que possam fechar o contrato, caso contrário, nada feito – disse, porém, sem anunciar os nomes dos empresários com quem teria conversado.

- Quem não se curva a essa condição, perde o contrato – completou.

Ainda de acordo com o vereador, além de tentar as negociatas com os empresários, Athos Avelino estaria, ainda, exigindo dos construtores a demissão de determinados engenheiros que não comungariam com a sua administração. Para fechar um contrato visando à urbanização de uma importante avenida na cidade, acrescenta, o prefeito teria exigido da empresa a demissão de um de seus engenheiros.

- Sabem por quê? Porque o empresário é amigo do ex-prefeito Jairo Ataíde. O engenheiro foi demitido na hora e o acordo teria sido fechado – afirma o parlamentar.

SUPERFATURAMENTO

Para Athos Mameluque, seria por conta desses procedimentos, e de outros ainda mais abomináveis que a população de Montes Claros enfrentaria todo tipo de problemas com a atual administração.

- Por que não há medicamentos nos postos de saúde? Por que não se constroem creches nas comunidades rurais? Por que o povo continua sofrendo todo tipo de mazelas sociais? – indagou o vereador para, em seguida, ele mesmo responder.

- Ora, porque o prefeito usa o dinheiro público para tirar vantagem eleitoreira, para bancar a sua propaganda mentirosa, para empregar seus parentes e amigos na prefeitura, gastando o dinheiro público no seu projeto de reeleição – completa o vereador.

Ele ainda acusou o prefeito de superfaturar preços de alguns serviços que o município prestaria às comunidades rurais.

- Ele paga mais de 40 mil reais por uma reforma de uma escola rural que não tem sequer 30 metros quadrados de construção, lesando os cofres municipais. Falta honestidade ao prefeito.

DINHEIRO SUSPEITO

Aqui na cidade, segundo Mameluque, Athos Avelino não deixaria de lado o expediente de pagar o dobro ou mais que isso por um serviço que não custaria 15 mil reais. Ele cita, como exemplo, a reforma do zoológico municipal, quando a prefeitura teria desembolsado mais de 60 mil reais do povo para colocar uma cerca ou erguer um muro com pouco mais de dez metros de comprimento no parque municipal.

O prefeito, ainda de acordo com o vereador, também não prestaria conta do dinheiro municipal, entre eles os quatro milhões de reais que recebeu do Banco Itaú para que a instituição financeira ficasse responsável pelo pagamento aos servidores municipais.

- Tampouco ele presta conta dos 12 milhões de reais que recebeu das empresas concessionárias do transporte coletivo urbano por ocasião da licitação ocorrida no ano passado, para o asfaltamento de vias públicas e que ninguém, até hoje, sabe como estão sendo usados. O prefeito diz que é honesto, paga caro para que suas propagandas ressaltem essa virtude que, definitivamente, ele não tem, a não ser que consiga provar o contrário – encerra Athos Mameluque.