segunda-feira, junho 23, 2008

GALO VIRA ATRAÇÃO EM LOJA DE SÃO PAULO

“Olha que bonitinho, filho”, diz a desempregada Flávia Lima Alves, 23 anos, para Gustavo, de 2 anos, ao ver o bichinho na frente de uma loja na Zona Oeste de São Paulo. Tranqüilo, o animal se deixa alisar e chega a fechar os olhos com um carinho na cabeça. “Ele é assim mesmo, mansinho”, conta o dono do bicho, Jorge Antônio da Fonseca, de 55 anos.
Chiquinho, como foi recentemente batizado em homenagem ao pai, passa boa parte do tempo solto, adora “ver gente”, não estranha ninguém e sempre abaixa a cabeça para receber um afago de qualquer pessoa que passe pela loja de produtos para animais de seu Jorge, no bairro de Santa Cecília. Mas se engana quem pensa que o animal dócil, orgulho do dono, é um fofo cachorro, gato ou coelho. O bichinho de estimação do comerciante, e mascote inusitado da loja de pets, é um galo garnizé.
“Eu sempre gostei mais das aves. As aves, além da beleza, cantam”, diz seu Jorge. Além disso, segundo ele, elas não têm “frescura” e comem de forma simples: milho, folhas. Mas, apesar do enorme carinho que diz sentir pelo galo, ele conta que a idéia de criar um como bicho de estimação não veio da própria cabeça. “Foi idéia do Altemar Dutra. Ele era cliente aqui da loja há uns 28 anos. Uma vez me falou que tinha uns patos que viviam soltos lá pela Consolação e pensou que eu poderia criar uns galos e galinhas por aqui”, conta.
Após a conversa, o músico teria levado um casal de franguinhos de presente para o comerciante. “O Caruzo (primeiro galo) se afeiçoou logo à gente. Ele cantava muito, viveu uns 12 anos”, diz seu Jorge, mostrando algumas fotos do animal morto. Segundo ele, quando o galo morreu, deixou um filhote, o primeiro Chiquinho que foi criado por cerca de 9 anos. “Em São Paulo, ver um galo na rua é uma coisa inusitada. Um dia levaram ele”, fala.
Novo presente
Com a perda do primeiro Chiquinho, seu Jorge diz ter ficado muito triste e decidiu não criar mais galos. “Ficamos um bom tempo sem nenhum bicho por aqui.” Mas, em novembro de 2007, um outro cliente da loja, que freqüentava o local há muitos anos, deu de presente ao comerciante um galinho e três galinhas. “Há muitos anos eu havia dado a ele dois filhotes daquele primeiro Chiquinho. Este Chiquinho de agora é tataraneto do Caruzo”, conta entre risos.
Feliz com o novo bichinho, o comerciante não pensa mais em ficar sem um mascote. “Enquanto eu estiver por aqui, vou deixar sempre um desses do meu lado. Foi besteira minha ter ficado tanto tempo sem um”, afirma.

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