"Alô, seu Alexandre? Venha correndo para cá. Aconteceu um milagre." Esse foi o telefonema que o motorista Alexandre Vieira Goes, de 32 anos, recebeu do Hospital Leonor Mendes de Barros, no Belém, zona leste da capital, às 22h30m do dia 2 de janeiro. Quando chegou na Avenida Celso Garcia, 2.477, soube que a filha Giovana, que teve a morte atestada pelos médicos quatro horas antes, estava viva e que foi salva por uma faxineira, antes de ser levada pelo IML (Instituto Médico Legal).
O 81º Distrito Policial (Belém) instaurou inquérito para apurar negligência médica. Segundo a mãe da criança, a dona-de-casa Renata Alves de Oliveira, de 32 anos, a filha prematura realmente parecia morta. Ela fala em milagre:
- Estava roxa, sem sinais. Mas eu sou leiga nesse assunto. Até perguntei se não fariam nenhum exame. O que responderam foi: 'fazer exame para quê, se a criança está morta? - lembrou.
Renata também disse que pediu para que as médicas fizessem cirurgia cesariana. A resposta que ela disse ter ouvido foi a seguinte:
- Renata, não vamos te cortar. As chances (do bebê) são pequenas - contou a mãe.
Giovana estava virada dentro do útero materno.
- E também na parte externa da placenta - acrescentou a dona-de-casa, reproduzindo o que ouviu do corpo médico.
Em 28 de dezembro, a mãe começou a se sentir mal e teve sangramento. Tinha a sensação de que não conseguiria segurar o bebê na barriga. Moradora do bairro do Cangaíba, na zona leste, foi levada às pressas até o hospital e maternidade Leonor Mendes de Barros, onde ficou internada.
No dia 2, pouco depois das 18h, entrou em trabalho de parto normal. O feto tinha apenas seis meses. A criança foi tirada pelas pernas.
- A médica que fazia o parto precisou de ajuda. Não conseguiu sozinha. Então entrou um médico mais velho e começou a puxar meu bebê. Eu disse que estava doendo. A minha filha estava fora de mim. Mas a cabeça dela não. Ficou uns 15 minutos ou mais com a cabeça dentro de mim. Os médicos disseram que ela nasceu morta. Ficou dependurada em mim. Parecia sem vida, mesmo - lamentou a mãe.
Segundo o delegado André Luiz Pimentel, titular da delegacia local, o feto, de 23 centímetros e 720 gramas, foi enrolado em um pano e levado para o necrotério do hospital. O pai do bebê fez boletim de ocorrência da morte da filha. Estava na posse da guia de encaminhamento de cadáver número 8667, atestando óbito fetal natimorto, às 18h25m.
O carro de cadáver foi acionado pela delegacia. Chegou ao hospital à noite e quase levou a menina. Mas, segundos antes, uma faxineira entrou na sala para limpá-la e viu a o pano que envolvia Giovana se mexendo. Ela chamou os médicos.
- Eles riram, mas depois foram ver. Quase desmaiaram quando abriram o pano e viram Giovana chupando o dedo - contou a mãe.
A criança está internada em estado grave, porém estável, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
- Estava roxa, sem sinais. Mas eu sou leiga nesse assunto. Até perguntei se não fariam nenhum exame. O que responderam foi: 'fazer exame para quê, se a criança está morta? - lembrou.
Renata também disse que pediu para que as médicas fizessem cirurgia cesariana. A resposta que ela disse ter ouvido foi a seguinte:
- Renata, não vamos te cortar. As chances (do bebê) são pequenas - contou a mãe.
Giovana estava virada dentro do útero materno.
- E também na parte externa da placenta - acrescentou a dona-de-casa, reproduzindo o que ouviu do corpo médico.
Em 28 de dezembro, a mãe começou a se sentir mal e teve sangramento. Tinha a sensação de que não conseguiria segurar o bebê na barriga. Moradora do bairro do Cangaíba, na zona leste, foi levada às pressas até o hospital e maternidade Leonor Mendes de Barros, onde ficou internada.
No dia 2, pouco depois das 18h, entrou em trabalho de parto normal. O feto tinha apenas seis meses. A criança foi tirada pelas pernas.
- A médica que fazia o parto precisou de ajuda. Não conseguiu sozinha. Então entrou um médico mais velho e começou a puxar meu bebê. Eu disse que estava doendo. A minha filha estava fora de mim. Mas a cabeça dela não. Ficou uns 15 minutos ou mais com a cabeça dentro de mim. Os médicos disseram que ela nasceu morta. Ficou dependurada em mim. Parecia sem vida, mesmo - lamentou a mãe.
Segundo o delegado André Luiz Pimentel, titular da delegacia local, o feto, de 23 centímetros e 720 gramas, foi enrolado em um pano e levado para o necrotério do hospital. O pai do bebê fez boletim de ocorrência da morte da filha. Estava na posse da guia de encaminhamento de cadáver número 8667, atestando óbito fetal natimorto, às 18h25m.
O carro de cadáver foi acionado pela delegacia. Chegou ao hospital à noite e quase levou a menina. Mas, segundos antes, uma faxineira entrou na sala para limpá-la e viu a o pano que envolvia Giovana se mexendo. Ela chamou os médicos.
- Eles riram, mas depois foram ver. Quase desmaiaram quando abriram o pano e viram Giovana chupando o dedo - contou a mãe.
A criança está internada em estado grave, porém estável, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
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