Presidente da Câmara dos Deputados e presidente nacional do PMDB, o deputado Michel Temer (SP) foi aprovado, neste sábado, como indicado do partido para ser candidato a vice-presidente da República na chapa encabeçada por Dilma Rousseff, do PT. Dos 473 convencionais (que tiveram direito a 660 votos), 84,8% votaram em Temer.
Outros 14,3% (95 votos) foram para o ex-governador do Paraná Roberto Requião ser o candidato a presidente da República. Menos de 1% (4 votos) foram para Antônio Pedreira. Candidato a presidente em 1989 pelo extinto PPB, Pedreira queria, mais uma vez, disputar a Presidência, desta vez pelo PMDB.
O presidente do Senado, José Sarney (AP), disse que a aprovação do nome de Michel Temer representa a unidade do partido e pediu que o deputado defenda as bandeiras da legenda no governo caso venha a ser o vice-presidente da República. Sarney também elogiou a ex-ministra Dilma Rousseff, a quem chamou de "sacerdotisa do serviço público". Antes, o presidente do Senado havia dito que o PMDB será peça-chave na eleição de Dilma, assim como foi, segundo ele, no governo do presidente Lula.
Pela manhã, Michel Temer disse que o PMDB não teria papel coadjuvante na aliança com o PT para a disputa das eleições presidenciais. "Não estamos fazendo um ajuntamento de pessoas, o PMDB está fazendo um ajuntamento de ideias", disse. Há alguns meses, o deputado Ciro Gomes havia dito que o PMDB era um "ajuntamento de assaltantes".
Dilma Rousseff chegou à Convenção do PMDB logo após o anúncio da aprovação do nome de Temer. Ela deve ser a última oradora do dia, e deve dizer que a união do PT com o PMDB representa o encontro entre a luta democrática com a luta social.
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