Quase dois terços das universitárias brasileiras não estão satisfeitas com seu corpo.
A conclusão é de pesquisa que avaliou 2.402 alunas – todas da área da saúde – de 37 instituições das cinco regiões do país.
Quase metade das entrevistadas com peso ideal também gostaria de ser mais magra.
O trabalho ouviu alunas do 1º e 2º anos dos cursos de enfermagem (59% do total), psicologia (15%), farmácia (12%), fisioterapia (9%), biomedicina (2%) e fonoaudiologia (1%).
A avaliação da satisfação corporal foi feita por meio da escala de silhuetas de Stunkard, uma ferramenta consagrada em pesquisas da área que traz nove figuras retratando formas corporais diferentes.
Os formulários – e dados de idade, peso e estatura – foram preenchidos pelas próprias alunas em sala de aula.
Do total nacional, 64,4% das universitárias desejavam ser mais magras. Mesmo entre as eutróficas (com índice de massa corporal adequado), 47,8% escolheram figuras menores do que a figura que, em sua opinião, melhor representava seu corpo atual.
Curiosamente, as estudantes escolheram como saudáveis figuras maiores que as ideais.
Para a figura ideal, as estudantes do Norte escolheram as menores e as do Centro-Oeste, as maiores.
A maior diferença entre as figuras atual e ideal foi encontrada no Norte e a menor, no Centro-Oeste.
A pesquisa foi conduzida por Marle e por Sonia Philippi, Barbara Lourenço, Priscila Sato e Fernanda Scagliusi, especialistas da USP (Instituto de Psiquiatria e Faculdade de Saúde Pública) e da Universidade Federal de São Paulo (Departamento de Ciências da Saúde, campus Baixada Santista).
Clique aqui para baixar a pesquisa na íntegra (pdf, 8 págs.).
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