Acessório indispensável ao look feminino, levado para todos os cantos, a bolsa é quase que a melhor amiga da mulher e já caiu no gosto do público masculino. Comporta uma infinidade de objetos considerados indispensáveis, e o que a maioria desconhece, carrega milhões de bactérias e micro-organismos. Até mesmo coliformes fecais.
É isso mesmo. A bolsa que você carrega para cima e para baixo, de casa ao trabalho, do trabalho para a balada, com 'pit-stops' no banheiro, sala, cozinha e quarto, se não for limpa periodicamente, pode provocar um sem número de infecções. O acessório está à altura do celular, do teclado de computador, do carrinho de supermercado e da barra de apoio do ônibus, colocados no ranking dos objetos mais sujos que a sola de sapato, conforme revelou pesquisa feita no Japão.
Mas não é caso de se desesperar. Segundo o coordenador científico da Sociedade Brasileira de Infectologista, Carlos Starling, todos os seres humanos são dotados de um sistema imunológico que permite conviver bem com essas bactérias. Com alguns cuidados bem simples, é possível evitar o contágio.
"O fato de um objeto estar contaminado não significa que pode provocar uma doença, pois tudo neste planeta está contaminado", avaliou o médico. Segundo ele, não há um estudo sobre o impacto que os micro-organismos presentes nos objetos podem causar à saúde pública.
De acordo com o infectologista Carlos Starling, como é difícil, e algumas vezes quase que impossível, fazer a limpeza correta de todos estes objetos, a pessoa deve mudar seus hábitos e se educar para evitar o contágio por alguma doença. "O simples fato de lavar as mãos corretamente antes de ingerir e manusear alimentos, além de ter a mesma atenção após usar o sanitário, pode evitar até 50% infecções", garantiu Starling.
O infectologista lembrou que depois do surto de gripe suína registrado no Brasil em 2009, é normal encontrar álcool em gel em locais públicos. Segundo o médico, friccionar as mãos com a substância pode ser até mais eficiente que lavar as mãos.
Carlos Starling recomenda outros cuidados básicos, como não usar o celular durante as refeições para evitar algum tipo de contaminação. Quanto ao teclado, o ideal é que seja protegido com um papel-filme, que deve ser trocado periodicamente. Conforme o médico, nos Estados Unidos já existem teclados descartáveis de borracha e outros, próprios para hospitais.
No caso da bolsa, o ideal é que ela seja limpa todos os dias com álcool 70%. Na hora de higienizar as mãos, é importante retirar anéis e alianças, que podem manter o nível de contaminação muito alto se não forem higienizados corretamente.
"Mudar pequenos hábitos é o ponto fundamental. Tomando esses cuidados, é possível evitar 50% das infecções, inclusives urinárias, respiratórias e até a gripe que é transmitida por bactérias". (Renata Evangelista)
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