domingo, outubro 14, 2007

SÃO PAULO E FLUMINENSE EMPATAM NO MARACANÃ

Fluminense e São Paulo fizeram um jogo bastante movimentado, neste sábado, no Maracanã, mas não saíram de um empate em 1 a 1, numa partida em que o destaque negativo acabou sendo o árbitro Ricardo Ribeiro. Thiago Neves, de pênalti, marcou para o Flu, no primeiro tempo, e André Dias, empatou para o Tricolor Paulista, no início da segunda etapa. O resultado foi melhor para os paulistas, que se mantém na liderança do campeonato, agora com 64 pontos. O Flu permanece na sexta colocação, com 48, mas acabou frustrando sua torcida, que fez uma linda festa no Maracanã e deixou o estádio vaiando o Tricolor paulista, que nos últimos minutos fez tudo para segurar o empate.
Empurrado por milhares de torcedores com suas bandeiras verde-grená-e-brancas em punho, o Fluminense não deu chances ao São Paulo no primeiro tempo da partida. Desde o primeiro minuto, o Flu chamou para si a responsabilidade por jogar em casa e diante de sua torcida, que cantava uma música atrás de outra, sem parar. Pena que o entrosamento da arquibancada demorou a passar para o gramado.
Arouca, o jogador mais participativo da primeira etapa pelo lado do Flu, demorou a achar seu melhor jogo. Apesar de parecer estar em todos os espaços do campo, o volante pecava nos passes e chutes a gol. Aos três minutos, ele recebeu livre na intermediária, avançou e chutou com perigo, mas à direita de Fabiano, que substituiu Rogério Ceni, machucado. Em outras três ocasiões, contando com a frouxa marcação do São Paulo, Arouca recebeu livre para puxar os contra-ataques, mas numa se enrolou com a bola e nas outras duas errou a assistência para o Somália e Alex Dias, que esperavam o passe para sairem na cara de Fabiano.
Mas bastou o motorzinho tricolor se acalmar e, com isso, se encontrar em campo, para o Flu levar perigo real ao São Paulo. Aos 16 munutos, numa jogada bem trabalhada por todo o setor ofensivo, inclusive por Ivan, Gabriel recebeu na entrada da área, pela esquerda, e obrigou Fabiano a fazer linda defesa, arrancando aplausos do ídolo Rogério Ceni, que assistia à partida da tribuna de imprensa.
Minutos depois, mais uma boa triangulação de Alex Dias, Somália e Ivan, mas que custou a Somália uma torção no joelho direito, obrigando Renato Gaúcho a colocar Adriano Magrão em campo. Magrão ainda procurava seu lugar na partida quando assistiu a André Dias subir sozinho na área tricolor e cabecear para fora, na primeira chance do São Paulo na partida.
Quando Magrão, enfim, se encontrou, saiu o gol do Flu. Melhor que Schevchenko ou não, como quer a torcida, Magrão recebeu pelo passe pelo lado direito da área do Tricolor paulista, cortou Fabiano e foi derrubado. Aos 34, Thiago Neves cobrou e abriu o placar, para festa da torcida.
Leandro, que era o mais ativo pelo lado dos paulistas, foi o único a fazer o amigo Fernando Henrique sujar o uniforme, numa cabeçada à queima-roupa que o goleiro tricolor pôs para escanteio, no último lance de perigo da primeira etapa.
Senhor absoluto das ações no primeiro tempo, o Fluminense subestimou o líder do campeonato na volta para o segundo tempo, sobretudo após Ivan sofrer pênalti não assinalado pelol árbitro. Acreditando que faria o gol a qualquer momento, o Flu relaxou na marcação e viu o São Paulo tomar conta do jogo. Aos quatro minutos, a defesa do Flu apenas observou Miranda cabecear e quase marcar. Foi o ensaio para o empate, que veio no minuto seguinte. Em nova bola alçada pela esquerda, desta vez Breno cabeceou no cantinho. Fernando Henrique ainda fez grande defesa, mas André Dias pegou o rebote e mandou para o fundo da rede.
O árbitro Ricardo Ribeiro, que na primeira etapa passou despercebido, com boa atuação, se perdeu completamente na segunda etapa. Depois de não marcar pênalti em Ivan e marcar falta num toque de mão absolutamente involuntário de Thiago Silva, Ricardo Ribeiro procurou compensar, não marcou pênalti sobre Aloísio e marcou um inexistente sobre Gabriel, irritando os paulistas. Mas na cobrança, o lateral, que já havia perturbado Thiago Neves pedindo para bater a primeira penalidade, voltou a implorar para cobrar, mas acabou perdendo o pênalti, bem defendido por Fabiano.
Após uma sequência de faltas invertidas e não marcadas para os dois lados, o árbitro, que já era o pior em campo, acabou acertando ao expulsar Aloísio, que já havia recebido cartão amarelo e acabou atingindo Arouca com violência. Com um jogador a mais, Renato Gáucho, que já tinha colocado Cícero no lugar de Fabinho, pôs Soares no de Romeu, tornando o Tricolor carioca ainda mais ofensivo.
Mas a ofensividade não resultou em gols. O São Paulo se fechou atrás e o árbitro preferiu segurar o jogo longe das áreas, onde não esteve bem. Com o excesso de faltas, o jogo caiu em qualidade técnica e o empate acabou prevalecendo.

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