terça-feira, fevereiro 05, 2008

BEIJA-FLOR FAZ UMA VIAGEM A MACAPÁ

Em busca do bicampeonato, a Beija-Flor entrou no Sambódromo às 4h13 desta terça-feira (5) para encerrar o último dia de desfiles do Grupo Especial. Prometendo uma entrada triunfal, a escola leva para a avenida um abre-alas incandescente, de 36 metros de comprimento, em dois carros acoplados.
Depois de buscar inspiração na África para conquistar seu décimo título, a Beija-Flor viaja neste ano até o Amapá, mais precisamente à capital, Macapá. A cidade, que comemorou 250 anos nesta segunda-feira (4), é o principal foco do enredo “Macapaba: equinócio solar, viagens fantásticas do meio do mundo”, desenvolvido por uma comissão de carnaval formada pelos carnavalescos Laíla, Alexandre Louzada, Fran Sérgio e Ubiratan Silva. “É um enredo muito diversificado. Não vamos cantar parabéns para Macapá e não tem alegoria de bolo”, afirma Alexandre Louzada, em seu segundo ano na azul-e-branca de Nilópolis.
"A abertura é uma fantasia de carnaval, em que o beija-flor de Nilópolis conhece o beija-flor de Macapá, conhecido lá como brilho-de-fogo, viajando na Linha do Equador durante o equinócio”, explica Louzada, que prepara um abre-alas de 36 metros de comprimento, em dois carros acoplados. Segundo ele, foram gastos R$ 150 mil só na compra de acetato para o abre-alas, que também teve um investimento pesado em iluminação. “Parece que o carro é incandescente como o sol”, acrescentou.
A exemplo do ano passado, o símbolo da azul-e-branca nilopolitana também estará presente na alegoria, junto com outros cem beija-flores de diferentes tamanhos. “O beija-flor central vai girar 360 graus como se estivesse circundando o planeta e também toda a Avenida.” Os achados arqueológicos no estado serão ilustrados no terceiro carro. As baianas de Nilópolis desfilarão neste setor, representando a cerâmica indígena. A Fortaleza de São José, também citada no hino da Beija-Flor, será representada em uma alegoria em forma de estrela de cinco pontas.
Outro momento de explosão de cores no desfile da Beija-Flor é o quarto setor, que mostra a chegada dos navegantes à região do Amapá. Para falar sobre a ambição dos piratas, visando às riquezas naturais, Alexandre Louzada criou uma ala especial, que desfilará ao redor do carro. Os integrantes seguram nas mãos a réplica de um olho, que simboliza a cobiça européia. Já o encerramento do desfile retorna à Linha do Equador para mostrar a cultura local. As baianas mais antigas da escola e Soninha Capeta, que por muitos anos foi rainha de bateria da escola, serão destaques no último carro. “Todas elas simbolizam a Beija-Flor”, diz Louzada.

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