segunda-feira, fevereiro 04, 2008

MESMO DEBAIXO DE CHUVA, ESCOLAS BRILHAM NO CARNAVAL DO RIO

A exuberância deu o tom da primeira noite de desfiles das escolas do Grupo Especial, no Rio de Janeiro. Nem a chuva, que apertou durante a madrugada, tirou o brilho das apresentações, marcadas pelo luxo das fantasias e a imponência das alegorias. Uma águia gigante, uma reprodução do Maracanã e um carro em forma de pista de esqui estão entre os principais destaques da noite.
A primeira escola a desfilar na avenida foi a São Clemente, que voltou à divisão especial do carnaval carioca depois de quatros anos, contando a vinda da Família Real para o Brasil. Na avenida, a protagonista do desfile foi a atriz Rogéria, que encarnou Dona Maria, a Louca. Com carros alegóricos grandiosos, a Porto da Pedra trouxe uma homenagem aos cem anos da imigração japonesa. A madrinha da bateria Angela Bismarchi exibiu, em comunhão total com o enredo da escola, os recém-adquiridos olhinhos puxados.
O Salgueiro fez uma homenagem à Cidade Maravilhosa. A escola trouxe um Maracanã com luzes de neón e um Calçadão de Copacabana móvel. Viviane Araújo saiu à frente de uma bateria que encarnou o "malandro carioca". O azul e branco invadiu a avenida a seguir, com a Portela numa bela celebração ao meio-ambiente. Uma águia, símbolo da escola, com 23 metros de comprimento e 8 de altura, abriu o desfile, que trouxe a Adriana Bombom como rainha da bateria. Antonio Fagundes foi um dos destaques.
Debaixo de chuva, a Mangueira voltou os olhos para Nordeste e homenageou - com muita cor - o centenário do frevo. A bateria recebeu a benção da madrinha Gracyanne Barbosa. Seguido pelos bonecos gigantes de Olinda, o último carro da escola celebrou outro aniversariante: Cartola, que faria 100 anos em 2008. Encerrando a noite com criatividade, a Viradouro trouxe uma pista de esqui na neve no carro abre-alas. Com o enredo falando do arrepio, a escola fechou as portas da Sapucaí seguindo a musa Juliana Paes, rainha da bateria. O carro sobre o Holocausto, proibido pela Justiça, deu lugar a uma alegoria sobre a liberadade de expressão, com destaques usando mordaças.

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