A CIA, o principal serviço secreto americano, seguia um detalhado manual de torturas para interrogar prisioneiros sob a suspeita de terrorismo.
Os detalhes foram revelados nesta quinta-feira (27) pelo jornal "Washington Post". O mais grotesco nesse manual de tortura, fora a indecência moral de quem imagina uma coisa dessas, é o empenho da CIA em ensinar a bater sem machucar.
O manual faz parte de uma série de documentos sigilosos sobre o tratamento dado aos prisioneiros de grande importância em prisões secretas no exterior. Um dos detidos, que trabalhava como tradutor de Osama Bin Laden, foi mantido acordado por seis dias seguidos.
O manual traz detalhes sobre como torturar suspeitos sem provocar danos físicos permanentes. Por ironia, em relatórios internos, a direção da CIA manifestava o medo de que, se viesse a público, o manual poderia comprometer a imagem da agência.
A CIA concebeu uma lista com o que chamou de técnicas melhoradas de interrogatório. Técnicas como a do muro: preso numa coleira, o suspeito era jogado repetidamente contra as paredes e o chão da cela. Uma toalha enrolada no pescoço e na cabeça, diz o manual, evita traumas nessas regiões.
E qual melhor maneira de estapear o rosto do suspeito em um interrogatório? O manual ensina. Os interrogadores podiam prender o suspeito dentro de uma caixa preta e deixá-lo ali durante 18 horas. Se fosse preciso mais pressão, insetos eram colocados dentro da caixa.
A CIA ensinava como obrigar os presos a assumir posições incômodas e mantê-los acordados por onze dias seguidos. Quando tudo isso falhava, amarravam o preso em um banco, enfiavam trapos em sua boca e nariz e jogavam água em seu rosto. "O fluxo de ar é interrompido de
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