Um menino britânico de dez anos, portador de uma síndrome rara, conseguiu sobreviver duas vezes à leucemia e também a três transplantes de medula e a cinco hemorragias cerebrais.
Os médicos afirmam que o fato de Oscar Parry ainda estar vivo é um milagre. O menino, que mora no sudeste da Grã-Bretanha, já voltou à escola e também participa de campanhas para levantar verbas para o hospital onde fez tratamento, o Great Ormond Street, de Londres.
Parry nasceu com uma desordem rara chamada Síndrome de Noonan, que fez com que ele tivesse um problema cardíaco e fosse menor do que as crianças normais.
Aos três anos de idade o menino desenvolveu leucemia linfoblástica aguda, uma das formas mais comuns da doença.
Inicialmente, Parry foi tratado com doses baixas de quimioterapia, que funcionaram bem. Mas, depois de três anos de tratamento, ele foi diagnosticado com um tipo de leucemia mais raro e mais agressivo, que poderia ser curado apenas com um transplante de medula óssea.
Depois de três meses, foi encontrado um doador compatível e Parry passou pelo primeiro transplante. Mas sua recuperação não foi satisfatória e ele precisou de uma cirurgia para remover o baço, o que deu bons resultados por um tempo.
Quando tudo estava pronto para ele voltar para casa, a leucemia voltou e um segundo transplante de medula, de um tipo mais experimental, foi necessário.
Paul Veys, médico de Parry no hospital Great Ormond Street, afirmou que o menino tinha apenas 10% de chances de sobreviver.
Parry então desenvolveu uma doença autoimune, na qual as células do novo doador começam a atacar as do corpo do paciente.
Este problema não é tão incomum depois de um transplante, mas Parry estava muito doente e passou semanas na unidade de terapia intensiva por causa das infecções.
"Havia vezes
"Ele tinha uma doença genética e duas, possivelmente três, leucemias", disse Veys. "Ele precisou de três transplantes, o terceiro com células especializadas - ele foi a primeira criança na Grã-Bretanha que recebeu esse tratamento."
"No final das contas, você faz um transplante e tenta curar a leucemia, ela volta, você faz um segundo transplante de um jeito diferente, fazendo com que as novas células lutem como loucas, mas então elas lutam demais e temos que desligá-las e essa foi a razão para o terceiro (transplante com) células especializadas, e as chances de ele sobreviver eram realmente muito pequenas."
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