domingo, novembro 01, 2009

ALUNA DA UNIBAN NÃO PERDE O EMPREGO

O comerciante Fidel Pereira, de 56 anos, patrão da estudante humilhada por ir de roupa curta à universidade.
A estudante de turismo hostilizada por colegas da Uniban por vestir roupa curta trabalha há um ano e nove meses em um mercadinho em frente à casa dela, em Diadema, no ABC. Dono do mercado, Fidel Pereira, de 56 anos, descreve a estudante como funcionária exemplar e disse que ela continua com o emprego garantido.
“A minha preocupação é que ela fique traumatizada com tudo isso. Mas ela volta quando quiser”, afirmou ele. "Não tenho nenhuma reclamação. Ela não dava problemas, trabalhava certinho”, afirmou.
A estudante está sem trabalhar desde quinta-feira (22), dia do incidente. “A mãe dela veio me avisar que ela não poderia vir, que ela estava com a cabeça fora do lugar. Só ontem [quinta] fui saber o que aconteceu”, disse o comerciante, que não vê a jovem desde antes do ocorrido. “Ela está recolhida em casa.”
Pereira afirma que no local de trabalho ela sempre evitou roupas curtas e nunca se envolveu em incidentes com clientes. "Fora do horário de serviço ela sempre usa vestido curto e eu acho uma coisa normal. Mas para trabalhar ela vinha de calça comprida. Não só ela como ninguém vem. Tem que trabalhar abaixado, subir na escada para pegar mercadoria e aí não dá certo."
No mercadinho, a jovem fazia de tudo um pouco – trabalhava como caixa, recebia mercadorias e arrumava as prateleiras, cinco horas por dia, das 9h às 14h. A estudante recebe R$ 410 por mês. Segundo Pinheiro, a jovem começou no emprego quando tinha apenas 16 anos, e foi até o local pedir uma vaga.
A confusão na universidade ocorreu em razão de um vestido rosa considerado curto por colegas da faculdade, que a xingaram. A Polícia Militar foi chamada por amigos dela para conter o tumulto e permitir que a garota deixasse a faculdade. Muitas pessoas filmaram a cena e divulgaram as imagens no site de vídeos. A universidade pediu para que o conteúdo fosse retirado e disse que pretende aplicar medidas disciplinares aos causadores do tumulto.

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