De 40.513 no ano de 1965, quando se encerrou o Concílio Vaticano II, o número de freiras caiu para 33.333 em 2008, conforme dados da última edição do Anuário Católico do Brasil. Depois de ligeira alta em 1970, quando chegou a 40.660, o contingente de religiosas vem encolhendo na maioria das quase 500 congregações atuantes no País. No mesmo período, o total de padres subiu de 13.537 para 20.561, apesar da crise que atingiu os seminários e provocou uma deserção no clero. Ainda insuficientes, as vocações sacerdotais estão crescendo, enquanto as candidatas aos conventos femininos diminuem.
"Quais são as razões para essa queda?", pergunta a presidente da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), irmã Márian Ambrósio, traduzindo a inquietação dos institutos femininos, cujos membros somam dois terços dos associados da entidade que dirige. A CRB, organismo que funciona em comunhão com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), tem cerca de 30 mil freiras, padres e irmãos de vida consagrada, que moram em comunidades e fazem votos de pobreza, obediência e castidade.
Para irmã Márian, não se trata de uma crise negativa, pois a diminuição das vocações femininas se explicaria pelo fato de haver atualmente maior discernimento na escolha do futuro. "As jovens que no passado eram atraídas pelo exemplo das professoras nos internatos, quando decidiam ser freiras para trabalhar em colégios, hospitais e obras sociais, hoje têm novos horizontes", diz a presidente da CRB. "Chamadas por Deus para se dedicarem à defesa da vida, as irmãs continuam inseridas nos meios populares, como nos anos posteriores ao Concílio, mas buscam outros setores para exercer a missão."
Para irmã Márian, não se trata de uma crise negativa, pois a diminuição das vocações femininas se explicaria pelo fato de haver atualmente maior discernimento na escolha do futuro. "As jovens que no passado eram atraídas pelo exemplo das professoras nos internatos, quando decidiam ser freiras para trabalhar em colégios, hospitais e obras sociais, hoje têm novos horizontes", diz a presidente da CRB. "Chamadas por Deus para se dedicarem à defesa da vida, as irmãs continuam inseridas nos meios populares, como nos anos posteriores ao Concílio, mas buscam outros setores para exercer a missão."
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