Bruno não foi o primeiro de sua família a ter problemas com a polícia. A mãe dele, Sandra Cássia Souza de Oliveira Santos, de 43 anos, foi investigada por tentar matar a tiros uma mulher, em 1996, em Rondônia. Há dois anos, ela se envolveu com um grupo de grileiros na Bahia. Já o pai, Maurílio Fernandes das Dores de Souza, que morreu há oito anos, foi acusado de furto e teve a prisão pedida sete vezes. Irmão de Bruno, Rodrigo Fernandes, de 20 anos, foi preso há dois anos por roubo no Piauí.
A família do goleiro começou a se desfazer pouco depois do nascimento dele, em dezembro de 1984. Abandonado com três meses, o jogador foi criado pela avó paterna, Estela Santa Trigueiro de Souza, em Ribeirão das Neves. Os pais foram morar em Teresina e se separaram em 88.
Em 3 de março de 1996, em Cacoal, Rondônia, Sandra envolveu-se numa discussão e, com uma pistola 9mm, atirou cinco vezes contra Marinês Alves Dias, sem atingi-la. Na noite anterior ao crime, as duas tiveram um encontro durante o qual houve consumo de cocaína. Sandra foi denunciada pelo Ministério Público. Em 2008, o processo foi arquivado. O MP informou que já está verificando se houve erro e que poderá pedir a reabertura do caso.
Há cinco anos, Sandra e Luiz Timóteo, que seria seu companheiro, foram acusados de fraude na Bahia.
NA PENITENCIÁRIA NELSON HUNGRIA
O goleiro Bruno Fernandes das Dores Souza; seu amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão; e Marcos Aparecido dos Santos, o Marcos Paulista, estão na Penitenciária Nelson Hungria, em Nova Contagem, distrito de Contagem. Eles devem ser levados, ainda na manhã desta sexta-feira, ao Departamento de Investigações (DI), no bairro Lagoinha, em Belo Horizonte, para prestarem depoimento. A dupla chegou do Rio de Janeiro por volta das 23 horas desta quinta-feira.
Ércio Quaresma — advogado dos presos Bruno, Macarrão, Dayanne Rodrigues do Carmo; do apreendido X, de 17 anos; e dos foragidos Elenilson Vitor da Silva, Wemerson Marques de Souza e Flavio Caetano de Araújo — afirmou que entrará, nesta sexta, com um pedido de habeas corpus para estes sete clientes, acusados de envolvimento na morte de Eliza Samudio,de 25 anos. Para Bruno, Macarrão, Dayanne e X, a medida é liberatória, pois eles já estão nas mãos da polícia. Aos outros três, que estão foragidos, a intenção do advogado é recolher os mandados de prisão.
— Elenilson, Wemerson e Flávio não se apresentaram porque, até agora, não recebi a ordem de prisão nem o inquérito que os investiga. Isto é um absurdo de desrespeito à lei — reclamou Quaresma.
A Penitenciária Nelson Hungria é cercada por muralhas com quatro quilômetros de extensão. Possui 12 pavilhões com celas individuais. Há também dois anexos, com 40 vagas para presos provisórios, como Bruno e Macarrão. Marcos Paulista estaria no Pavilhão H, lugar dos presos ex-policiais ou com ensino superior, que têm direito a um tratamento diferenciado.
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