A candidata a presidente da República pelo PT, Dilma Rousseff, afirmou nesta quinta-feira (7), em Belo Horizonte, que é contra o aborto, mas, caso seja eleita, terá de encarar o tema como uma questão de saúde pública e social. Dilma esteve no Mercado Central, onde se reuniu com lideranças católicas e políticas.
“Eu sou contra o aborto porque o aborto é uma violência contra a mulher. Não acho que nenhuma mulher seja a favor do aborto. Como presidente da República, eu tenho de encarar o fato que há milhares de jovens, de adolescentes, que, diante do aborto, desprotegidas, fazem e adotam práticas, por que elas estão abandonadas”, afirmou.
O Estado não considerará essas mulheres como uma questão de polícia, mas uma questão de saúde pública e social. O que nós temos é de prevenir que os jovens nesse país recorram a esses meios. Nós temos que prevenir que mulheres jovens sejam levadas a esse caminho por falta de alternativa. A minha posição pessoal é contra o aborto, [mas] como presidente da República eu não posso deixar de encarar [a questão]"
Dilma Rousseff em campanha em Minas Gerais
Dilma disse que o Estado deve tratar o aborto como uma questão de saúde pública e social e ressaltou a importância da prevenção. “O Estado não considerará essas mulheres como uma questão de polícia, mas uma questão de saúde pública e social. O que nós temos é de prevenir que os jovens nesse país recorram a esses meios. Nós temos que prevenir que mulheres jovens sejam levadas a esse caminho por falta de alternativa. A minha posição pessoal é contra o aborto, [mas] como presidente da República eu não posso deixar de encarar [a questão].”
Nesta quinta, em Brasília, o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, afirmou que a cúpula petista vai propor aos partidos que integram a campanha de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República a divulgação de um manifesto contra o que classificou de “guerra suja” nas eleições. Entre os temas, segundo ele, estão questões religiosas colocadas em debate na campanha.
Segundo Dutra, o documento, assinado pelas outras siglas, será uma espécie de convocação da militância para a busca de votos para Dilma no segundo turno. “Temos uma proposta que vamos apresentar para todos os partidos, que é um manifesto de conclamação da militância para no segundo turno vencer a eleição e repelir essa verdadeira guerra suja que está sendo feita por alguns setores, tentando inclusive colocar temas religiosos como centro de uma disputa eleitoral. Achamos isso muito ruim para o Brasil”, disse.
O presidente nacional do PT também disse que o partido pediu à Polícia Federal a abertura de um inquérito para investigar a origem de um panfleto apócrifo que foi distribuído nesta quarta-feira (6), durante um evento do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, que fazia acusações à candidata do PT de defender a modificação da Constituição para legalizar o aborto.
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