domingo, outubro 03, 2010

MARINA DEFENDE PLENÁRIA PARA DECIDIR APOIO DIA 31

A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, defendeu neste domingo uma votação plenária para definir se seu partido apoiará algum candidato no segundo turno.
Com quase 20 milhões de votos, Marina terminou o primeiro turno das eleições presidenciais em terceiro lugar, com 19% dos votos válidos, contra 46% de Dilma Rousseff (PT) e 32% de José Serra (PSDB). A candidata petista vai enfrentar o tucano no segundo turno, em 31 de outubro.
Apesar da terceira posição, o resultado foi festejado pelo PV, devido à ascensão da candidata nas últimas semanas e ao peso que seus votos terão no segundo turno. Considerando os votos por Estados, Marina acabou em primeiro lugar no Distrito Federal e em segundo no Rio de Janeiro.
"Essa jornada nos deixou felizes e nos fez sentir profundamente vitoriosos. Nós nos dispusemos a iniciar um processo político e a quebrar a ideia do plebiscito, e o Brasil ouviu o nosso apelo de pensar duas vezes", disse Marina Silva durante evento na sede do PV, em São Paulo.
"Estamos felizes, ainda que não tenhamos ido ao segundo turno, porque o Brasil foi para o segundo turno, para pensar duas vezes. Quem sair vitorioso, seja Serra ou seja Dilma, sairá mais legitimado", acrescentou.
Segundo a candidata, a plenária no partido é necessária para ouvir todos os "núcleos sociais" envolvidos no PV.
Durante o discurso de Marina, o clima na sede do PV era de euforia. Estavam presentes o vice na chapa presidencial, Guilherme Leal, o candidato do partido ao governo de São Paulo, Fábio Feldmann, e o candidato ao Senado, Ricardo Young. Fernando Gabeira, derrotado na disputa pelo governo do Rio, não compareceu.
Para o cientista político e professor da PUC-Rio Ricardo Ismael, independentemente do resultado, Marina Silva sai da eleição consolidada como uma liderança nacional fora do eixo PT-PSDB.
"Como é muito nova, ela tem condições de em 2014 disputar de novo, e dentro de uma agenda que tende a crescer no Brasil, que é a do desenvolvimento sustentável", afirmou o professor à BBC Brasil.

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