A Polícia Militar (PM) informou na manhã desta quinta-feira (7) que o atirador que invadiu uma escola em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, e matou 11 alunos deixou uma carta que dá a ideia de premeditação do crime. De acordo com o porta-voz da corporação, tenente-coronel Ibis Pereira, o documento está confuso e foi recolhido para ser usado como prova nas investigações.
"Ele deixou uma carta assinada como Wellington Menezes de Oliveira, sem nenhum sentido, que mostra que entrou determinado a fazer um massacre, uma chacina", afirmou Pereira em entrevista à rádio Estadão ESPN. Em um dos trechos do documento, com forte teor de fanatismo religioso, o atirador diz ser portador do vírus HIV e que via "impureza nas crianças", segundo o porta-voz da PM.
O suspeito invadiu a Escola Municipal Tasso da Silveira durante o horário de aula fingindo ser um palestrante. Quando foi questionado, começou a atirar contra os alunos que estavam no colégio. De acordo com Pereira, o atirador estava com dois revólveres 38 com acelerador de disparos e muita munição.
Baseado no conteúdo da carta, o porta-voz da PM disse que o suspeito deveria ter um desvio de personalidade. "Ele era um fanático religioso, um quadro de demência religiosa. Ele via nas crianças algo impuro. Só um desvio de personalidade explica um comportamento sociopata dessa natureza. Um ato de estupidez", afirmou Pereira. Informações ainda não confirmadas dão conta de que Oliveira teria ido à escola há dois dias e ameaçado os diretores do colégio.
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