É um pesadelo. Em algum momento nesta quinta-feira, cada torcedor colorado espera despertar suado, com o coração acelerado, e perceber que não é verdade que o Inter levou 2 a 1 do Peñarol em casa e deu adeus à Libertadores. Cada sujeito que veste vermelho há de acordar no meio da madrugada, assustado, e se dar conta que, imaginem, o Inter do ídolo Paulo Roberto Falcão, com o talento de D’Alessandro, com os gols de Leandro Damião, simplesmente não pode ter levado uma virada em casa na noite desta quarta-feira, simplesmente não pode ter visto a esperança do tricampeonato continental morrer em cinco minutos inexplicáveis, simplesmente não pode ter transformado uma vaga que parecia encaminhada em decepção. Bobagem. Tudo bobagem. O Inter está, sim, fora da Libertadores da América. Pesadelos também podem ser reais.
Foi inacretivável. O Inter abriu 1 a 0 na largada do jogo e ficou com a vaga na mão. Mas o Peñarol foi lá e virou, com dois gols em cinco minutos, no início do segundo tempo, diante de um adversário adormecido, perdido, pasmo. Oscar fez o gol dos brasileiros. Martinuccio e Olivera marcaram para a equipe de Montevidéu.
Paulo Roberto Falcão, em seu retorno à Libertadores, revive o drama de três décadas atrás, novamente para um uruguaio. Em 1980, perdeu a final para o Nacional; em 2011, caiu nas oitavas de final para o Peñarol.
Os carboneros aguardam a definição de seu oponente nas quartas de final. Será o Grêmio ou o Universidad Católica. Ao Inter, resta se livrar do pesadelo, chorar sua dor e encarar os dois Gre-Nais decisivos do Gauchão. (Alexandre Alliatti)
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