Adepta do estilo masculino, Luciana deixou a critério de Paula a decisão de usar o vestido de noiva.
Com direito a um grande bolo decorado por noivos e noivas do mesmo sexo, 12 casais participaram neste sábado, no salão nobre da Faculdade de Direito do Largo São Francisco da USP (Universidade de São Paulo), de um casamento coletivo para homossexuais.
Vestindo um casaco inglês prata, com cauda de 1,5 m, o professor Alexander Lucas Evangelista contou que planejava o casamento há um ano, mas, ainda assim, acabou tendo de resolver probleminhas de última hora. "Só ontem, às seis da tarde, consegui achar o adereço de cabelo ideal. Foi uma correria", disse o rapaz, parceiro do tecnólogo Roberto Salvador Júnior.
A poucas horas da cerimônia, Alexander teve de contornar outro imprevisto: a maquiadora com quem tinha marcado hora sumiu e, "como a Kate Middleton", ele próprio teve de fazer a sua maquiagem.
Thom Souza e Miel Neves Souza eram colegas em uma empresa de call center e estão juntos há dois anos e oito meses. Neste sábado, eles estavam acompanhados das famílias na cerimônia. Thom escolheu se vestir de branco “porque é a cor tradicional de casamento”. Uma brincadeira, já que se diz o contrário da pureza simbolizada pela cor. “Sou muito loucão”, afirma.
Parceira de Paula Araujo Braga há 18 anos, a funcionária pública Luciana Serrano, de Franco da Rocha, preferiu deixar de lado os mimos femininos no grande dia. Em vez de se vestir de noiva - papel que coube à Paula - Luciana foi ao casamento vestindo terno cinza. "Desde pequena eu apanhava da minha mãe para usar vestido, mas eu sempre preferi calça, um estilo masculino."
Realizado às vésperas da 15ª Parada do Orgulho LGBT, que acontece neste domingo em São Paulo, o casamento coletivo gay está sendo promovido pelo terceiro ano pela Igreja da Comunidade Metropolitana, que aceita homossexuais e se intitula cristã evangélica.
Roberto e Alexander posam para
fotos antes do matrimônio.
fotos antes do matrimônio.
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