O ex-presidente da Acesita Energética, Rubens Teodoro da Costa, foi preso na noite de sexta-feira (30), durante o cumprimento de um mandato de prisão expedido contra ele pela Justiça de Capelinha, no Vale do Jequitinhonha. O empresário é suspeito de cometer assédio moral e sexual contra R.P.C., psicóloga e ex-funcionária da empresa. Ele foi preso em casa, por agentes da Polícia Civil, e encaminhado ao Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp), do Bairro São Cristóvão.
No dia 16 de setembro, a vítima denunciou o executivo em reunião da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Segundo o relato, Rubens Teodoro passou a enviar e-mails a ela, assim que foi contratada pela empresa, em 2007. A princípio, as mensagens tratavam de assuntos profissionais mas, em pouco tempo, o ex-presidente começou a tentar marcar encontros amorosos e chegava a ameaçá-la caso não aceitasse.
Essa situação durou cerca de nove meses, até que a casa da psicóloga foi invadida pelo empresário, que estava armado e usava uma máscara de Papai Noel. R.P.C. conta que, assim que foi reconhecido, ele a algemou e a torturou por uma hora, até que o ex-namorado dela chegou ao local. Embora a vítima tenha prestado queixa na delegacia e realizado exame de corpo de delito, o relatório do exame desapareceu. Ela criticou também a atuação da polícia, que não pegou as marcas das pegadas e das digitais deixadas por Teodoro, que poderiam comprovar a denúncia.
Abalada, a vítima pediu demissão e se mudou para Portugal. No entanto, em função de um tratamento médico, retornou ao Brasil. Há cerca de um ano, o empresário descobriu o local onde estava e voltou a ameaçá-la. Como não tinha provas do assédio, a polícia não investigou o caso.
Nesses quatro anos, Rubens Teodoro chegou a ter a prisão decretada, mas foi beneficiado por um Habeas Corpus. Segundo o presidente da Comissão, deputado Durval Ângelo, o suspeito é acusado de cometer outros crimes, como cárcere privado, porte ilegal de armas, falsidade ideológica, entre outros.
Preso desde sexta-feira, Rubens Teodoro da Costa negou as acusações contra ele. Porém, alegou que somente se defenderia em juízo. Já a Comissão de Direitos de Humanos da Assembleia vai pedir informações à Polícia Civil sobre o inquérito aberto em 2007 em Capelinha. O deputado Durval Ângelo disse que a psicóloga reclamou da demora da delegacia do município em concluir as investigações.
A Polícia Civil informou que o delegado regional de Capelinha não teve acesso ao inquérito, mas na segunda-feira (3) dará uma resposta sobre as denúncias da Comissão de Direitos Humanos.
1 comentários:
Pode ter a certeza de que não há senssação melhor que ve lo augemado. É assim que deve se fazer com quem abusa do poder e das autoridades competentes.
Postar um comentário