segunda-feira, maio 07, 2012

PREFEITO DENUNCIA COMPLÔ CONTRA ADMINISTRAÇÃO

O prefeito de Montes Claros, Luiz Tadeu Leite, convocou a imprensa na tarde desta segunda feira (07/05) para denunciar perseguição política que vem sendo realizada contra sua pessoa e a administração municipal, com o objetivo de interferir nas próximas eleições municipais. Na sua fala, Tadeu Leite disse perceber uma movimentação de seus adversários políticos que, utilizando de sua influência em órgãos de fiscalização estaduais e federais, iniciaram uma perseguição com o objetivo de abalar a imagem do prefeito e da administração, com fins eleitoreiros. “É um complô que envolve segmentos do governo estadual, Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal, Tribunal de Contas do Estado e da Polícia Federal. O objetivo deles é realizar alguma ação espetaculosa, que venha a manchar a minha imagem, que é o maior patrimônio de qualquer homem público”, salientou o prefeito.
Tadeu disse que recentemente mais de 20 técnicos do Tribunal de Contas do Estado (TCE) permaneceram durante cerca de duas semanas na Prefeitura de Montes Claros, investigando as contas do município. “Durante a devassa que o Tribunal de Contas realizou na Prefeitura, notamos uma atitude de raiva e parcialidade da parte dos técnicos. Eles abordaram os secretários municipais com rispidez, tratando-os de forma preconceituosa, como se eles já fossem culpados de alguma irregularidade. Durante esta operação do Tribunal de Contas, foram pedidos mais de 30 mil cópias de documentos, que foram entregues de imediato e outros mais para serem entregues em um prazo de 24 horas, que também já foram encaminhados. Tudo isso, ao que parece, com o objetivo de nos impedir de entregar os documentos solicitados em tempo hábil. Ao final de toda esta devassa, o procurador do Tribunal de Contas do Estado, Marcílio Barenco Corrêa de Mello, fez uma representação na qual acusa a Prefeitura de estar retendo documentos, estipulando até uma multa diária para a minha pessoa, sendo que já entregamos praticamente todos os documentos exigidos”, afirmou.
O prefeito também mostrou a representação em que o procurador faz acusações infundadas no mesmo parecer. “Na representação, o procurador diz vislumbrar um desvio de verba na Prefeitura da ordem de centenas de milhões de reais, o que é incompatível até mesmo com o orçamento do município, que está na casa dos 500 milhões. São acusações levianas, irresponsáveis e mentirosas, e eu inclusive estou fazendo uma representação junto ao Conselho Nacional do Ministério Público contra o procurador Marcílio Barenco”, destacou Tadeu.
O prefeito acredita que denúncias contra ele deverão surgir nos próximos dias, devido a esta perseguição. “Eu convoquei esta coletiva com o objetivo de me antecipar a estas denúncias, para que a opinião pública possa ser informada de que existem interesses políticos espúrios atuando para que elas surjam. Hoje, mês de maio de 2012, véspera do período eleitoral, logo após eu haver convocado a imprensa, fui informado de que o Ministério Público Federal havia ajuizado duas ações contra a administração, por improbidade administrativa. Nestas ações, a Prefeitura é acusada de ter realizado dispensa em massa de funcionários nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), no início de 2009, logo após a minha posse. Isto não ocorreu. Não é de meu conhecimento nenhuma demissão em massa na área da Saúde, já que no meu governo cheguei a gastar mais de 15% do orçamento municipal na Saúde e recentemente aumentamos com mais 17 equipes do NASF”, reiterou o prefeito.
O prefeito reiterou que confia na seriedade da direção dos órgãos citados, mas que acredita que alguns integrantes destes órgãos têm agido de forma má intencionada. “Além da representação contra o procurador Marcílio Barenco, estou encaminhando também um ofício ao presidente do TCE, Antônio Carlos Andrada, denunciando o que foi feito aqui e pedindo a instauração de inquérito administrativo. Da mesma forma, estou enviando ofícios para o diretor-geral da Polícia Federal em Brasília, Leandro Daiello Coimbra, para o superintendente da Polícia Federal em Minas, Fernando Duran Poch, e também para delegado-chefe da Polícia Federal em Montes Claros, Marcelo Freitas. O ofício informa aos dirigentes da Polícia Federal da existência do decreto número 2.914 e também os alerta para que não participem inadvertidamente de ações movidas por interesses políticos. O que estou criticando não é o fato dos órgãos estarem fiscalizando, já que este é o papel deles, mas sim a maneira com que esta fiscalização vem sendo conduzida, com excessos, de uma forma que me parece direcionada politicamente e sofrendo manipulação dos meus adversários”, concluiu. (Daniel Moraes)

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