quinta-feira, abril 17, 2008

RAPOSA LEVA UM CHOCOLATE NA BOLÍVIA: 1x5

Mesmo chegando com apenas duas horas de antecedência ao local do jogo, o Cruzeiro não resistiu aos 3.967 metros de altitude e sofreu a primeira derrota da Taça Libertadores 2008. A Raposa perdeu para o Real Potosí por 5 a 1, na noite desta quarta-feira, no Estádio Victor Agustín Ugarte, no pior resultado do time em dez disputas da competição sul-americana. E, ainda por cima, desperdiçou a chance de garantir a melhor campanha da fase de grupos.
Mesmo assim, o time mineiro, com 11 pontos, saldo positivo de quatro, e oito gols marcados, permanece em primeiro na colocação geral e espera a conclusão dos demais grupos. O segundo lugar do Grupo 1 ficou com o San Lorenzo, da Argentina, que derrotou o venezuelano Caracas por 3 a 0.

Agora a Raposa desce a Cordilheira dos Andes e volta as atenções para a segunda partida das semifinais do campeonato mineiro, neste domingo, quando volta a enfrentar o Ituiutaba, no Mineirão.
Terror nas alturas
O técnico Adilson Batista escalou três zagueiros, Charles e Henrique juntos como volantes e apenas Marcelo Moreno no ataque. Mas não resolveu o problema da defesa. Logo aos três minutos de jogo, Espinoza falhou na saída de bola, e Loaiza não perdoou. Viu o goleiro Fábio adiantado e mandou um petardo de fora da área no ângulo direito: Potosí 1 a 0. Aos 12, Gallegos cruzou da meia direita para Pintos, livre, dominar, tocar na saída de Fábio e marcar o segundo.
Assustada, a Raposa perdeu uma chance incrível de diminuir logo depois. O goleiro Hugo Suárez tentou fazer uma ligação rápida, mas chutou em cima do colega Eguino. A bola voltou em direção ao gol, mas quicou no gramado desnivelado e foi para fora (assista ao video ao lado). Mas, aos 28, Marcelo Moreno recebeu na área uma bola de Marquinho Paraná e foi derrubado na hora de concluir: pênalti marcado. O próprio boliviano bateu e marcou o seu oitavo gol na competição, aumentando a vantagem na artilharia.
Após o gol cruzeirense, a partida ficou ficou mais equilibrada. Aos 31 e aos 38, o goleiro Fábio teve que fazer duas ótimas defesas em chutes de Candia e Pintos, evitando que a vantagem aumentasse. Moreno respondeu com uma cabeçada que arrancou tinta do travessão do Potosí. Aos 41, o goleiro Hugo Suárez teve que sair do gol de carrinho para evitar que a bola chegasse ao atacante celeste.

Sem oxigênio ou inspiração?
Ao fim da etapa inicial, os jogadores do Cruzeiro mal conseguiam falar, tamanho era o cansaço. Depois de se oxigenarem nos vestiários, Jadílson entrou na vaga de Jonathas na lateral esquerda do time celeste. Mas, antes mesmo de o Cruzeiro começar a testar a alteração, o Potosí marcou o terceiro. Candia bateu cruzado da esquerda, e o goleiro Fábio escorregou antes de defender. Pintos pegou o rebote e bateu para o fundo das redes.
O terceiro gol fez com que o time celeste se perdesse de vez em seu esquema tático. Wagner arriscou de longe aos 18, mas a bola subiu muito. Aos 21, em cobrança de falta, Candia mandou uma bomba rasteira no canto esquerdo de Fábio, marcando o quarto do jogo. Quando parecia que mais nada acontecer, o capitão Gatty Ribeiro marcou o quinto, acertando o cantinho direito de Fábio. Na história do time mineiro, fica a marca como a pior do Cruzeiro na história da Libertadores

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