quinta-feira, abril 17, 2008

SANGUE ERA MESMO DE ISABELLA, DIZ PERÍCIA

A TV Globo teve acesso, no início da noite desta quarta-feira (16), a um dos laudos do caso Isabella Nardoni que constata que o sangue encontrado no apartamento do 6º andar do Edifício London, na Zona Norte de São Paulo, é mesmo da menina de 5 anos.
Também nesta quarta, o advogado Marco Polo Levorin informou que será atendido o pedido da Polícia Civil para um novo depoimento do pai e da madrasta da menina Isabella Nardoni, de 5 anos. Eles foram intimados nesta tarde a depor no 9º Distrito Policial, no Carandiru, na Zona Norte de São Paulo, na sexta-feira (18). Ainda não se sabe o horário dos depoimentos, que ocorrerão no mesmo dia em que a garota completaria 6 anos.
Além do casal, o pai de Alexandre, Antônio Nardoni, e a tia de Isabella, Cristiane, também foram intimados a depor, só que na tarde de sábado (19). Também nesta quarta, os advogados do pai e da madrasta de Isabella, que permaneceram por quase quatro horas no 9º Distrito de Polícia, disseram ter acompanhado o depoimento de duas testemunhas indicadas pela defesa do casal à polícia.
“Essas testemunhas vêm comprovar: primeiro, a vulnerabilidade do Edifício London; segundo, vêm comprovar a perda das chaves [do apartamento] pela Anna Carolina e pelo Alexandre Nardoni e, terceiro, demonstrar que alguns de seus apartamentos ficavam abertos e expostos a qualquer um que quisesse entrar”, disse o advogado Ricardo Martins.
De acordo com o advogado, as testemunhas ouvidas pela polícia prestam serviços no prédio - uma delas seria a corretora que vendeu o imóvel onde Alexandre Nardoni e Anna Carolina moravam e a outra seria uma comerciante que vendeu os móveis da casa para o casal. Uma dessas testemunhas, segundo o advogado, teria estado no prédio no dia do crime.
Nesta quarta-feira, não estão marcados novos depoimentos, segundo informou a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Entretanto, se a defesa apresentar outras testemunhas, elas podem ser ouvidas.
Os advogados evitaram comentar detalhes da apuração da perícia, como, por exemplo, a suposta presença de um terceiro suspeito no apartamento, argumentando que os laudos do Instituto de Criminalística ainda não foram concluídos. "É perfeitamente possível ter havido uma terceira pessoa, uma quarta, uma quinta pessoa que eventualmente pudesse haver ocasionado esse delito", acrescentou Ricardo Martins.

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