Só serve se for uma mulher de verdade!
"Eu quero encontrar uma Amélia para mim, porque Amélia que é mulher de verdade." É dessa forma bem-humorada que seu Anísio Rodrigues Alves, de 116 anos, fala sobre sua idade e da perspectiva de vida para futuros relacionamentos após dois casamentos e 19 filhos. Ele vive no Bairro Saúde, em Salvador, com a filha Anísia Ferreira Rodrigues, 65 anos.
Anísio conta que se casou pela primeira vez, em 16 de novembro de 1916, com Jesuína. Eles tiveram 13 filhos. O segundo matrimônio foi com dona Francisca, com quem teve seis filhos. "Eu fui e sou namorador, sabe? Mulher é sempre uma boa companhia. Eu não sei quem gostaria de um senhor com a minha idade, mas mulher boa mesmo é Amélia", disse ele, em referência à música de Ataulfo Alves e Mário Lago.
Ex-pedreiro e músico - ele tocava contrabaixo -, Anísio gosta de lembrar que viveu em três séculos e se gaba da memória farta, às vezes falha, mas que ainda lhe rende gargalhadas e emoções. "Acho que não tem muita gente por aí que tenha vivido três séculos. A primeira virada de século aconteceu quando eu tinha 7 anos. É muito tempo e olha que eu não sei quantos anos ainda vou viver. Isso só Deus sabe."
Sempre elegante, mesmo com limitações físicas, pois ele anda de bengala, não ouve bem e faz tratamento na próstata, Anísio se recusa a vestir camiseta, mesmo que seja uma do seu time de coração, o Bahia. "Ele sempre está vestido com camisa e calça social", disse a filha Anísia.
Ele, que já usou muito chapéu na juventude, concorda em usar o boné do Bahia apenas em ocasiões especiais, praticamente em dias de jogo. "É o meu time de coração. Não assisto mais a tantos jogos, mas eu gosto de futebol, principalmente do Pelé", afirmou.
O segredo da longevidade, segundo ele, é uma alimentação regrada e sempre no mesmo horário. "Como feijão, arroz, carne e gosto de um copinho de cerveja preta, mas agora não tomo tanto por causa dos remédios", disse.
Alheio ao carnaval, que agitou a capital baiana de19 a 25 de fevereiro, Anísio contou que foi morar em Salvador em 8 de agosto de 1961. Ele nasceu na cidade de Riachão de Jacuípe (BA), de onde saiu para trabalhar e constituir família.
História
Anísio gosta de lembrar de passagens da história do país, como a Coluna Prestes e o Cangaço. "Eu fui preso em junho de 1926 no povoado de Pé da Serra, em Riachão de Jacuípe. Me levaram a capa de chuva que tanto gostava."
Sobre o Cangaço, Anísio afirma ter registrado a passagem do bando de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, em sua terra natal. "Não sei se ele estava junto, mas eles aprontavam bastante por onde passavam. Dizem que ele virou bandido depois que mataram o pai dele."
Investigação
Com tantos anos vividos, não é de se estranhar que órgãos públicos queiram e façam investigações sobre a autenticidade dos documentos de Anisio e também para saber se ele realmente está vivo. "Imagine você que eu já recebi três cartas do Cartório Eleitoral da região para provar que ainda estou vivo. O pessoal duvida e só acreditam em mim quando me visitam", disse ele.
Anísio afirmou ainda que tem sua existência questionada pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). "Tenho sempre de mostrar que eu ainda estou aqui e bem vivinho."
Ele posa para foto ao lado dos filhos Anísia, 65 anos, e Abílio, 64 anos.
Anísio conta que se casou pela primeira vez, em 16 de novembro de 1916, com Jesuína. Eles tiveram 13 filhos. O segundo matrimônio foi com dona Francisca, com quem teve seis filhos. "Eu fui e sou namorador, sabe? Mulher é sempre uma boa companhia. Eu não sei quem gostaria de um senhor com a minha idade, mas mulher boa mesmo é Amélia", disse ele, em referência à música de Ataulfo Alves e Mário Lago.
Ex-pedreiro e músico - ele tocava contrabaixo -, Anísio gosta de lembrar que viveu em três séculos e se gaba da memória farta, às vezes falha, mas que ainda lhe rende gargalhadas e emoções. "Acho que não tem muita gente por aí que tenha vivido três séculos. A primeira virada de século aconteceu quando eu tinha 7 anos. É muito tempo e olha que eu não sei quantos anos ainda vou viver. Isso só Deus sabe."
Sempre elegante, mesmo com limitações físicas, pois ele anda de bengala, não ouve bem e faz tratamento na próstata, Anísio se recusa a vestir camiseta, mesmo que seja uma do seu time de coração, o Bahia. "Ele sempre está vestido com camisa e calça social", disse a filha Anísia.
Ele, que já usou muito chapéu na juventude, concorda em usar o boné do Bahia apenas em ocasiões especiais, praticamente em dias de jogo. "É o meu time de coração. Não assisto mais a tantos jogos, mas eu gosto de futebol, principalmente do Pelé", afirmou.
O segredo da longevidade, segundo ele, é uma alimentação regrada e sempre no mesmo horário. "Como feijão, arroz, carne e gosto de um copinho de cerveja preta, mas agora não tomo tanto por causa dos remédios", disse.
Alheio ao carnaval, que agitou a capital baiana de
História
Anísio gosta de lembrar de passagens da história do país, como a Coluna Prestes e o Cangaço. "Eu fui preso em junho de 1926 no povoado de Pé da Serra, em Riachão de Jacuípe. Me levaram a capa de chuva que tanto gostava."
Sobre o Cangaço, Anísio afirma ter registrado a passagem do bando de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, em sua terra natal. "Não sei se ele estava junto, mas eles aprontavam bastante por onde passavam. Dizem que ele virou bandido depois que mataram o pai dele."
Investigação
Com tantos anos vividos, não é de se estranhar que órgãos públicos queiram e façam investigações sobre a autenticidade dos documentos de Anisio e também para saber se ele realmente está vivo. "Imagine você que eu já recebi três cartas do Cartório Eleitoral da região para provar que ainda estou vivo. O pessoal duvida e só acreditam em mim quando me visitam", disse ele.
Anísio afirmou ainda que tem sua existência questionada pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). "Tenho sempre de mostrar que eu ainda estou aqui e bem vivinho."
Ele posa para foto ao lado dos filhos Anísia, 65 anos, e Abílio, 64 anos.
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