A Resenha de hoje começa com uma troca de e-mails que resultou em uma descoberta histórica, dos tempos do Colégio Professor Plínio Ribeiro, também conhecido como Escola Normal.
Vamos lá.
PRIMEIRO CONTATO
Oi Regis,
Estive no Rio em casa de um primo meu (Raimundo Nonato Tupinambá Belizário) e ele me mostrou umas atas de seu tempo de Escola Normal. Resolvi tirar cópia e te enviar.
Felicidade Tupinambá
O RETORNO
Nó, Feli, que preciosidade, hein! Adorei o tesouro que chegou às minhas mãos, graças à sua perspicácia e amizade. Legal, mesmo! E o Belizário, como vai? Muito obrigado pela relíquia, que vou guardar com muito carinho.
Beijos,
Regi
Oi Regis,
Sabia que você iria gostar. Depois de algum tempo, é sempre bom ir ao encontro do que já fomos. Belizário é aposentado do BB e sua esposa Terezinha é aposentada da CEF. Moram em Copacabana, têm 03 filhos, sendo que um deles vai casar no próximo dia 18 de abril. Indo ao Rio, não deixe de pegar comigo o telefone e endereço dele. Com certeza ele terá muito prazer em te encontrar.
Um grande abraço.
Felicidade Tupinambá
O TESOURO
A pérola resgatada por Feli no ap de Belizário é, na realidade, um documento manuscrito que traz, em 13 páginas, atas de reuniões do Grêmio Lítero Recreativo Henrique Maximiniano Coelho Neto, a primeira delas datada de 19.04.1966 e realizada na sala de aulas da 3ª série N noturna.
Noite de eleição.
Naquela data foi eleita a primeira diretoria do grêmio Coelho Neto,, que ficou assim constituída: presidente, Marcos Aurélio Rocha Souza; secretário, Noraldino Ezequiel Amaral; tesoureira, Maria Nilva Guimarães; orador, Gilson de Oliveira Souza. Noraldino, “por motivos justos”, renunciou, sendo substituído por Belizário, por aclamação.
Democracia estudantil.
OBJETIVOS
Segundo o subscritor da ata, Belizário, o grêmio era composto pelos 37 alunos da 3ª N e tinha como finalidade: “Aprender a falar em público, conhecimentos gerais, cultura, desenvolvimento cultural, uso da boa expressão etc.”
Era assim antigamente.
Cada sócio pagava 100 cruzeiros por mês e, na abertura do grêmio, todos cantavam o hino nacional, “com muito garbo”. Na reunião seguinte, a aluna Maria José Silva entrevistou, ao vivo, o colega Pedro Mota Sobrinho, “o qual se saiu muito bem”. Ceres Gonçalves recitou uma poesia e Zelita Ferreira fez uma leitura sobre o patrono Coelho Neto, já apresentado por Gilson.
Literatura pura.
Na reunião de 17 de maio daquele 1966, Gilson de Oliveira discorreu sobre a vida de Venceslau Braz Pereira Gomes, sendo seguido por este filho de dona Laura e namorado de Laura, que travou um pingue-pongue animado com Belizário.
Sobre atualidades.
QUANTA RIQUEZA!
Ainda dentro do espírito lítero-cultural que caracterizava os grêmios estudantis, hoje riscados do currículo escolar, o ilustrado Gerson fez palestra sobre a obra de José de Alencar, enquanto Lídio Verdi discorria sobre o tema O que devo fazer para o futuro do Brasil. Na sequência, a colega Suely de Freitas homenageou as mães, Pedro Mota apresentou curiosidades literárias e Zelita leu uma paródia sobre A gramática do amor.
Numa noite só.
VOZ E VIOLÃO
E não para por aí. A sessão continua com uma página humorística apresentada por Maria José Lopes, sob o título Os políticos, e Alaíde Rosa Vieira usou a palavra franca para apresentar um número musical, com Mercês no violão e Zelita no vocal. Até Albano cantou.
Quinta tem mais.
3 comentários:
NAO TEM NADA PARA TRABALHO DE ESCOLA
Oi Regi, que bom tomar conhecimento das histórias nostálgicas da nossa querida Montes Claros, protagonizada por pessoas da nossa estima. Belo resgate, esse da Feli.
Bjo pra vcs.
Márcia Vieira
Oi Regi, que bom tomar conhecimento das histórias nostálgicas da nossa querida Montes Claros, protagonizada por pessoas da nossa estima. Belo resgate, esse da Feli.
Bjo pra vcs.
Márcia Vieira
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