sábado, janeiro 28, 2012

ONÇA INVADE TRÊS CASAS ANTES DE SER CAPTURADA

Uma operação para capturar uma onça-parda mobilizou o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e uma associação ambiental nesta sexta-feira (27), em Santa Rita do Passa Quatro, no interior de São Paulo. O animal, que invadiu casas e assustou moradores, foi capturado após cerca de sete horas de muito trabalho.
Boa parte do bairro Jardim Itália parou para acompanhar a captura da suçuarana. Um cerco foi armado em uma casa onde ela estava desde a madrugada. “A minha mãe foi abrir o portão e gritou que tinha um bicho no carro. Meu irmão começou a bater no capô, eu deitei no chão para olhar e vi a onça. Eu tremia muito, porque dar de cara com uma onça às 6h30 não é brincadeira”, disse a dona de casa Luciane Tacon.
Uma tentativa de capturá-la com uma rede não deu certo. O animal chegou a ficar enroscado, mas conseguiu se soltar e pular o muro da casa. Em seguida, o felino saltou a cerca elétrica de outra casa e causou pânico entre os moradores. “Vi ela chegando na sala de almoço. Eu corri para o meu quarto, liguei para minha mãe e me tranquei. Ela deu o miado dela lá e eu corri”, disse uma estudante que estava no local.
O animal se movimentou pela terceira vez e deixou os moradores nervosos. “Cheguei, ela bateu o rosto e pulou dentro da casa”, disse o estudante Tiago Ferreira. Os bombeiros usaram bombinhas para espantar a onça caso ela estivesse em algum terreno baldio. As buscas aconteceram em terrenos de seis quarteirões por mais três horas.
Enquanto a operação acontecia, a onça saiu de um terreno e correu quatro quarteirões em grande velocidade. Com medo, entrou em outra casa e o morador conseguiu fechar a porta. “Ela entrou, deu uma bufada e abriu a boca, mas eu dei conta do recado e fechei ela dentro”, disse o morador.
Biólogos da Associação Mata Ciliar de Jundiaí e de Santa Rita do Passa Quatro conseguiram acertar tranquilizantes na onça. Após alguns minutos, por volta das 13h30, ela foi examinada com detalhes. “Ela está com bom estado de saúde, um pouco magra, desidratada. Nessa idade, ela se afasta dos cuidados da mãe e vai procurar o seu próprio território. A gente quer e vai assegurar que ela esteja bem alimentada e pronta para que não tenha mais um encontrão desse e possa se perder”, disse Cristina Harumi Adania, veterinária da associação.

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