Moradores que ficaram desabrigados por causa da enchente que destruiu a cidade de Branquinha (AL) enfrentam dificuldades para receber donativos, neste sábado (26). Muitos são organizados em filas na porta da igreja católica que serve de central improvisada de doações, na parte baixa da cidade. Outro ponto de arrecadação foi montado em uma igreja evangélica na parte alta do município.
Enquanto aguardam mantimentos, outro problema enfrentado pelas pessoas é o forte cheiro de carniça. O odor é provocado pelas mortes de animais, que devem estar sob a lama que ainda cobre algumas áreas de Branquinha, segundo a Defesa Civil.
Em Alagoas, de acordo com a Defesa Civil, 15 cidades decretaram estado de calamidade pública, entre elas a cidade de Branquinha. Mais de 180 mil pessoas foram afetadas pelas chuvas no estado. Até este sábado, 76 pessoas estão desaparecidas e 34 mortes foram confirmadas.
Igreja católica virou central improvisada de doações, na parte baixa da cidade de Branquinha.
O governador Teotônio Vilela Filho visitou a cidade para conversar com os moradores e integrantes das corporações que estão mobilizadas para ajudar as vítimas da enchente. Ele voltou a dizer que a cidade terá de ser reerguida em outro ponto mais alto e afastado do leito da cidade. Militares do Exército, agentes de Defesa Civil e voluntários fazem a triagem e o cadastro das vítimas.
Segundo o Major Aurivano Chiocheta, da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, coordenador do trabalho de levantamento de Avaliação de Danos (Avadan), é preciso otimizar o recebimento e a distribuição de doações na cidade. "Uma catástrofe com um registro de enxurrada brusca como essa que atingiu essas cidades de Alagoas nunca foi registrada no país. Alagoas foi brindada negativamente com esse efeito da natureza." Ele circulou por todas as cidades mais atingidas, e considera que a situação é mais grave em Branquinha, Rio Largo, União dos Palmares, Murici, Santana do Mundaú e São José da Laje.
A prefeita Ana Renata disse que recebeu em sua casa muitas doações nos primeiros dias após a enchente e que agora distribui lençol, colchão e roupas em uma igreja evangélica. Água e comida estão na igreja católica.
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