Os delegados Wagner Pinto e Breno Pardini falam do indiciamento de torcedores atleticanos.
Quarenta e um torcedores do Atlético tiveram a prisão preventiva decretada nessa sexta-feira (7), após serem indiciados pelo envolvimento na morte do torcedor cruzeirense Otávio Fernandes, de 19 anos, espancado até a morte na Avenida Nossa Senhora do Carmo, Região Sul de Belo Horizonte, durante briga entre membros da Galoucura com torcedores do Cruzeiro.
Entre os integrantes da Galoucura, sete já estão presos, incluindo o presidente da torcida organizada Roberto Augusto Pereira, de 31 anos, conhecido como Bocão, e o vice-presidente, Willian Thomaz Palumbo, o Ferrugem, de 32 anos. Os dois foram indiciados e qualificados pelo crime de homicídio, tentativa de homicídio e lesão corporal.
“Diante do vasto material que analisamos, além das testemunhas que ouvimos, concluímos que esses integrantes foram os grandes responsáveis por esse crime trágico. Eles foram os autores intelectuais do homicídio. Devido à liderança que exerceram, eles vão responder por todos os crimes previstos”, disse o delegado Breno Pardini, que conduziu as investigações. A pena pelo crime de homicídio varia de 12 a 30 anos.
Os outros cinco torcedores da Galoucura, que também estão presos, respondem ao inquérito de tentativa de homicídio e lesão corporal. Entre eles, dois menores que confessaram ter agredido Otávio.
Outros dois integrantes da Galoucura estão foragidos, com mandados de prisão expedidos pela Justiça. Um deles é Carlos Eduardo Vieira dos Santos, de 30 anos, conhecido como Saf, um dos responsáveis pelo assassinato de outro torcedor cruzeirense, morto a pauladas em 2004, na Estação Venda Nova, Região Norte de Belo Horizonte. Em 2009, ele foi condenado a 12 anos de prisão por homicídio. O outro foragido é Diego Alves Pereira, conhecido como Fiury. A polícia divulgou, ainda, as fotos de outros dois supostos participantes da agressão.
O delegado Pardini esclareceu que a investigação não foi guiada apenas pela análise feita de gravações do circuito interno de TV do Chevrolet Hall e do Shopping Pátio Savassi, mas também por testemunhas e provas periciais. “Os integrantes de torcidas organizadas estão cada vez mais ousados, a ponto de cometerem um crime desses, em uma área nobre e com policiamento. Sua dinastia e ousadia mostram que eles se sentem à vontade para cometer um homicídio tão selvagem como esse”, declarou Pardini.
Os outros envolvidos serão indiciados por crimes referentes à participação na confusão.
No dia 27 de novembro de 2010, um grupo de dez cruzeirenses estava descendo a Avenida Nossa Senhora do Carmo, próximo ao Chevrolet Hall, onde dezenas de atleticanos assistiam a um evento de artes marciais, com a participação de César Gordinho Augusto, integrante da Galoucura e professor de lutas. Cerca de 40 torcedores saíram do local e partiram para cima dos cruzeirenses, usando placas de trânsito e cavaletes como armas de ataque. A briga durou poucos minutos, mas foi o suficiente para deixar a calçada manchada de sangue, Otávio Fernandes morto e outro rapaz ferido. (Alberto Ribeiro)
1 comentários:
Muito bom saber que os "Bandidos" sim bandidos por quem mata não é torcedor, foram julgados e punidos como o merecido.
Só não acho certo o texto abaixo, onde explicam o ocorrido, ser dito que os torcedores da galoucura simplesmente sairam e foram "pegar" os torcedores do Cruzeiro. Esses 10 não foram la atoa...Eles sabiam o q iam encontrar pela frente...So não imaginavam ate que ponto iriam.
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