quarta-feira, outubro 10, 2007

FALTOU POUCO PARA BRASILEIRO GANHAR O PRÊMIO NOBEL DE FÍSICA

O Prêmio Nobel em Física de 2007 foi para um pesquisador francês e para um alemão. Mas poderia muito bem ter vindo para um brasileiro.
Mario Norberto Baibich, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, estava trabalhando com Albert Fert, na França, em 1988, quando foi realizado o experimento que demonstrou a existência de um fenômeno chamado magnetorresistência gigante, que depois viria a revolucionar a eletrônica e os sistemas de memória rígida dos computadores.
Mais ainda: ele foi co-idealizador do experimento que faturou a premiação da Academia Real de Ciências da Suécia e primeiro autor do estudo que resultou de sua execução.
Por que, então, ele não compartilhou a glória com Fert? "O estudo em questão tinha nove autores", disse Baibich à imprensa. "Sem falsa modéstia, nós tivemos, eu e o Albert Fert, a idéia de fazer a medida desse material. Agora, o comitê entendeu que seria o caso de premiar o chefe do laboratório."
Normalmente, os estudos científicos que envolvem muitas pessoas têm um padrão para a ordem dos autores. O primeiro costuma ser aquele que teve maior envolvimento com a pesquisa em si. Já o chefe do laboratório escolhe onde colocar o seu nome - normalmente, vai no fim da lista de autores; no caso em questão, o nome de Fert veio em seguida ao de Baibich.
A despeito de não ter sido lembrado, o cientista brasileiro não se diz chateado. "Eu estou é feliz", diz Baibich. "Eu também me sinto premiado. E continuo achando que eles mereceram mais do que eu, porque continuaram nessa linha de pesquisa e empurraram a coisa mais adiante."

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