sexta-feira, dezembro 03, 2010

JUSTIÇA SUSPENDE TORCIDAS ORGANIZADAS EM MINAS

O Ministério Público (MP) de Minas Gerais suspendeu nesta sexta-feira (3) três torcidas organizadas do Cruzeiro (Máfia Azul, Cru Fiel e Pavilhão Independente) e a Galoucura até abril de 2011. Durante o período, as organizadas estão proibidas de usar faixas, bandeiras, instrumentos musicais ou qualquer outro material que as identifique. As camisas, no entanto, estão liberadas.

A restrição foi imposta por causa da morte do torcedor cruzeirense Otávio Fernandes, 19 anos, no último sábado (27) na saída do Chevrolet Hall, onde acontecia um evento de vale-tudo. O descumprimento de alguns pontos do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), acordado em abril de 2009 entre as torcidas e o MP, também pesou na decisão. De acordo com o Ministério, as organizadas não encaminharam os atos constitutivos e o cadastro dos integrantes.

Todos os torcedores filiados às torcidas poderão ser proibidos de entrar nos estádios caso as organizadas não regularizem as pendências até a próxima semana.

O promotor de Justiça José Antônio Baeta disse que informará ao comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar de São Paulo, tenente coronel Carlos Celso Castelo Branco Savioli, sobre a medida cautelar imposta nesta sexta-feira para que as providências sejam tomadas na capital paulista, onde o Atlético enfrenta o São Paulo.

As restrições serão impostas também na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, onde o Cruzeiro faz a última partida do Brasileirão contra o Palmeiras.

O promotor afirmou que as Polícias Civil e Militar não permitirão quaisquer desdobramentos em decorrência do confronto entre torcedores que resultou na morte de Otávio Fernandes.

Ainda segundo Baeta, as investigações sobre a morte de Otávio Fernandes estão em andamento. Ele recebeu um relatório da PM e aguarda o término das investigações por parte da PC.
Além do promotor, participaram da reunião representantes do Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG), da Federação Mineira de Futebol (FMF), da Comissão de Monitoramento da Violência em Eventos Esportivos e Culturais (Comoveec) e das torcidas organizadas. Advogados das respectivas torcidas também estiveram no encontro.

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