
REFÉM DE PERSONALIDADE
Aliás, extroversão é outro tema da entrevista. A cantora conta que desenvolveu esse lado engraçado para se integrar aos colegas de classe alta dos colégios onde estudava. “Quando cheguei no Rio, na escola, eu só via brancos. Na volta da escola, na porta da favela, só via pretos. E aí comecei a sacar que o buraco era mais embaixo, que aquela utopia na qual eu vivia na Bahia tinha ficado para trás. Criei uma mazela que vem comigo até hoje: uma personagem que me ajudou a ser incluída. É um lado que criei para conquistar as pessoas pela extroversão. Um mecanismo de defesa, para que aquelas pessoas me aceitassem. Para entrar na rodinha das meninas, tive que rebolar. Me transformei na mais popular, na mais animada, na mais feliz, na mais alegre, na mais engraçada. Virei refém dessa personalidade”, diz.
0 comentários:
Postar um comentário