A Polícia Federal divulgou nesta terça-feira (6) imagens do circuito interno da Gráfica Plural, onde foram impressas as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Segundo a PF, as imagens revelam o momento em que o material foi furtado.
No círculo mais claro, aparecem os apontados pela PF como os responsáveis pelo furto. A sequência de imagens revela quando um dos indiciados aparece pegando a prova e, logo depois, entregando-a para um comparsa, que a coloca na blusa. Em seguida, eles saem em direção ao depósito.
A notícia de quebra do sigilo do exame, revelada pelo “O Estado de S.Paulo”, fez com que o Ministério da Educação (MEC) cancelasse, na quinta-feira (1º), a prova que seria aplicada no sábado (3) e no domingo (4) para mais de 4 milhões de estudantes. As novas datas foram marcadas para os dias 05 e 06 de dezembro.
A PF informou nesta terça que a investigação sobre o vazamento das provas foi encerrada. Cinco pessoas foram indiciadas criminalmente, mas nenhuma delas ficará presa.
Segundo o delegado da PF, Marcelo Sabadin Baltazar, os suspeitos de furtar a prova do Enem levaram dois dias para executar o crime.
Baltazar afirmou que, no dia 21 de setembro, Felipe Pradella, de 32 anos, apontado pela polícia como o mentor do crime, pediu a outro colega de trabalho da gráfica para que pegasse o caderno um. “Ele pôs na cueca e entregou ao Pradella.”
No dia seguinte, de acordo com o delegado, o próprio Pradella pegou a publicação. Desta vez, subtraiu o caderno dois. “No segundo dia, o próprio Pradella se sentiu mais confortável e pegou a prova”.
Segundo o delegado, o suposto mentor do crime teria ido até o estoque da gráfica e enrolado o exame na camisa de outro amigo, pedindo que este levasse a peça para seu carro.
A PF ressalta que “não há motivação política” no caso. “Eles assumiram que pegaram a prova, mas negam o interesse financeiro. Dizem que queriam dar um furo jornalístico”, contou ele, chamando o grupo de “amador”.
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