Depois de dois anos de reuniões e assembleias, os servidores do setor administrativo e da saúde da Unimontes - Universidade Estadual de Montes Claros paralisaram as atividades na manhã de hoje, sexta-feira.
A mobilização em prol de melhorias nas condições de trabalho e salários levou os servidores para a frente do hospital universitário Clemente de Faria.
De acordo com o diretor do Sindsaúde - Sindicato dos servidores da saúde de Minas Gerais, Isael Soares, os servidores da saúde e do setor administrativo precisam ser ouvidos pela gestão da Unimontes e do governo de Minas, uma vez que a assembleia de negociação marcada para 19 de março deste ano foi cancelada e já faz mais de 10 anos que não há melhorias nestes setores.
- Hoje, um técnico de enfermagem ou administrativo recebe R$ 470. O que é previsto por lei é uma média salarial em torno de R$
Ele afirma ainda que, para que o hospital funcione legalmente, 30% dos servidores devem estar na ativa.
- Hoje a unidade possui 1.453 servidores, mas 70% já aderiram à greve - afirma o diretor, que acrescenta que a Unimontes tem o menor piso salarial do estado.
De acordo com o diretor do Sindsaúde, a greve não tem previsão para acabar.
Em nota oficial, a direção da Unimontes afirma que acompanha a mobilização dos servidores técnicoadministrativos e, ao mesmo tempo, manifesta sua preocupação diante da paralisação das atividades, que trará prejuízos irreparáveis aos professores, servidores, alunos e à população.
As reivindicações serão encaminhadas ao governo do estado e, para tanto, a reitoria atuará mais uma vez como interlocutora. (Reportagem: Janaína Gonçalves)
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