A mulher e seu marido, também na casa dos 40 anos, foram detidos na terça-feira quando os corpos dos bebês foram encontrados, envoltos em sacos plásticos, em duas casas de Villers-au-Tertre, um povoado tranquilo com cerca de 650 habitantes,
Detida, a auxiliar de enfermagem Dominique Cottrez confessou ter matado dois filhos logo após o parto há mais ou menos dez anos, antes de admitir o assassinato de outros seis, disse o promotor público Eric Vaillant em entrevista coletiva à imprensa.
O promotor disse que foi aberto um inquérito formal por "homicídio de menores de 15 anos", uma etapa preliminar à apresentação de acusação criminal contra Cottrez.
"A mãe sabia que estava grávida. Ela não queria mais filhos e não queria o envolvimento de médicos", disse Vaillant, acrescentando que a primeira gravidez de Cottrez tinha sido uma experiência terrível para ela.
O promotor disse que a mulher contou em depoimento que não falou a seu marido sobre as gestações nem sobre sua decisão de matar os bebês.
Seu marido, que é carpinteiro, foi libertado pela polícia. O promotor pediu a abertura de investigação judicial contra ele por ocultação de cadáveres e por não ter informado a polícia dos crimes.
Dominique Cottrez continua detida. Os advogados que defendem o casal não deram declarações imediatas.
Vaillant disse que a polícia ainda procura mais corpos, mas Cottrez declarou que não há mais. Ela está sendo submetida a avaliações psicológicas para avaliar sua responsabilidade criminal.
"Este é um caso fora do comum, em vista do número de recém-nascidos", disse Vaillant. "Estamos tentando entender o que aconteceu."
Vizinhos do vilarejo disseram que o casal, que tem duas filhas na casa dos 20 anos, nunca agiu de maneira suspeita. Os corpos foram encontrados recentemente, depois de o casal ter mudado de casa.
"Eles estavam sempre sorridentes, sempre simpáticos", disse à televisão local Madame Candelier, proprietária atual da casa antes ocupada pelo casal, onde foram descobertos alguns dos corpos.
De acordo com o prefeito, o marido de Cottrez fazia parte da Câmara local.
Especialistas em casos semelhantes passados disseram que eles às vezes envolvem a "negação da gravidez," quando mulheres se recusam a aceitar que estão grávidas, o que algumas vezes leva ao assassinato de seus filhos logo após seu nascimento.
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