Em sua coluna, publicada em jornais de todo o país, o jornalista e articulista político Cláudio Humberto põe mais lenha na fogueira ao revelar detalhes do caso em que a justiça reconhece ser Rosemary de Morais (agora Gomes da Silva), filha do vice-presidente José Alencar, dono do grupo Coteminas, de Montes Claros (leia detalhes nas postagens abaixo). Segundo CH, Rosemary só soube que Zé Alencar era seu pai depois de adulta e já casada. Sua mãe, que a defesa de Alencar tentou caracterizar como “prostituta”, jamais o pressionou a reconhecer a filha.
Professora pobre do interior, Rosemary ganhou o direito de se habilitar à herança de uma das maiores fortunas de Minas. “Dinheiro o vice José Alencar terá de sobra para contemplar herdeiros, incluindo Rosemary Morais Gomes da Silva”, diz o jornalista. “Circula nos meios empresariais a informação de que seu pai, rico industrial, estaria para receber neste ano um jato zero, de US$ 48 milhões, para substituir seu Citation Excel.”
E continua: “Figura admirada até pela comovente luta contra o câncer, José Alencar poderia ter poupado sua biografia da triste repulsa à própria filha. Amigos de José Alencar atribuem as manobras protelatórias, para não reconhecer a filha, a interesses pela herança bilionária que deixará.”
Mas a ação não tem efeito patrimonial imediato, segundo advogados. Apenas cria expectativa de direito. Ao virar Gomes da Silva, Rosemary passaria a ser herdeira do dono do grupo Coteminas. Teria os mesmos direitos de Josué, Maria da Graça e Patrícia, os três filhos legítimos de Alencar com a mulher Mariza, 74 anos. Os dois estão casados há 52 anos. Aos 78, o vice-presidente da República trava uma longa batalha contra o câncer.
Beneficiária da lei, Rosemary espera que o embate jurídico chegue ao fim. “Eu só choro, ainda não caiu a ficha, pois sempre acontece algo que faz esse processo não acabar nunca”, diz ela.
Conhecida por Tita, a enfermeira Francisca Nicolina de Morais, mãe de Rosemary, morreu há sete meses, sem ver o desfecho do caso. Ela relata no processo que conheceu Zé 55, como era chamado o homem respeitado e dono de um “rentável comércio de tecidos”, em um baile do clube municipal de Caratinga, cidade na qual os dois moravam.
Na época, Zé 55 era solteiro. O romance teria durado um ano. Rosemary foi registrada como filha de Magmar Pinto Neves, com quem Francisca se casou.
VAI RECORRER
O vice-presidente José Alencar vai recorrer da sentença que o obriga, em primeira instância, a reconhecer Rosemary de Morais como sua filha. “Vamos entrar com um recurso com efeito suspensivo”, afirma o advogado José Diogo Bastos, que defende o empresário.
Depois de consultar a família, o advogado decidiu soltar uma nota sobre o caso. “É uma sentença totalmente despropositada em relação às provas consistentes que apresentamos nos autos sobre a inexistência da paternidade”, diz.
Na ação, a defesa do vice-presidente alega que a mãe de Rosemary era “mulher reconhecidamente frequentada por vários homens” e “habituée da zona de meretrício de Caratinga.”
A família de Rosemary diz que isso é uma tentativa de desqualificar a ação e que Tita nunca foi prostituta.
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