O inquérito sobre o desaparecimento e a suposta morte de Eliza Samudio inclui uma relação de ligações que teriam sido feitas pelos suspeitos de envolvimento no caso em 4 e 10 de junho. Segundo a polícia, nessas datas, ela foi sequestrada e morta, respectivamente.
De acordo com as investigações, em 4 de junho, o menor que já está detido e Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, teriam levado Eliza para a casa do goleiro Bruno de Souza, no Rio de Janeiro. Nessa data, o adolescente e o goleiro trocaram dez ligações. O menor também conversou com Fernanda Gomes de Castro, amante de Bruno, e Macarrão ligou uma vez para o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola
O rastreamento feito em antenas de telefone também confirma que Bola, Macarrão e o menor estavam na região da Pampulha, em Belo Horizonte, em 10 de junho, quando a polícia afirma que Eliza foi assassinada. Nessa data, Macarrão ligou para Bola seis vezes.
"Por volta de 19h, do dia 10, o veículo estava preparado. Macarrão, juntamente com o menor e Sérgio [primo de Bruno], colocam a Eliza no interior do carro, junto com a criança [filho de Eliza] e uma mala vermelha. E vão para a região da Pampulha. Perto do Mineirão, eles encontraram o Bola, que já estava contatado desde fevereiro. Tudo isso mostra a premeditação do crime", disse o delegado Edson Moreira.
INQUÉRITO
A polícia entregou o inquérito sobre o desaparecimento e suposta morte de Eliza à Justiça, nesta sexta-feira (30). O relatório tem oito volumes, com cerca de 1.600 páginas e três anexos.
Segundo a polícia, entre as principais provas de que Eliza foi morta estão o sangue encontrado em um dos carros do goleiro Bruno e o fato do filho dela ter sido encontrado na casa de uma mulher desconhecida, em Ribeirão das Neves.
O goleiro Bruno de Souza, Luiz Henrique Ferreira Romão (Macarrão), Flávio Caetano de Araújo; Wemerson Marques de Souza, Dayanne Souza (mulher de Bruno), Elenilson Vitor da Silva, Sérgio Rosa Sales (primo do atleta) e Fernanda Gomes de Castro (amante do goleiro) foram indiciados por homicídio triplamente qualificado (uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, motivo torpe e uso de meio cruel), sequestro e cárcere privado, ocultação de cadáver, formação de quadrilha e corrupção de menores.
O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos foi indiciado por homicídio triplamente qualificado, formação de quadrilha e ocultação de cadáver.
De todos os indiciados, Fernanda é a única que está em liberdade. A polícia informou, nesta sexta, que pediu a prisão preventiva dela. A decisão da Justiça ainda não foi divulgada.
A prisão temporária dos outros suspeitos foi decretada no início de julho. Todos estão presos na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Também nesta sexta, a polícia pediu a prisão preventiva dos oito suspeitos, com o objetivo de prorrogar a permanência deles na cadeia.
O menor permanece em um centro de internação provisória, de Belo Horizonte.
Todos negam participação no crime.
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