terça-feira, maio 27, 2008

CELSÃO MORREU. SIDNEY POLLACK TAMBÉM


Montes Claros perdeu um dos seus mais entusiastas artistas, o ator teatral Celso Leal (acima), sepultado semana passada. Ontem, mais um artista foi embora. O multifacetado cineasta Sidney Pollack (em cima), premiado com um Oscar de diretor por "Entre Dois Amores" faleceu, vítima de câncer, na segunda-feira, aos 73 anos, ao lado da família em sua residência na Califórnia.
"Pollack morreu de câncer em sua casa", afirmou seu agente Leslee Dart, antes de acrescentar que o diretor havia sido diagnosticado com a doença há nove meses.
Pollack faleceu em sua residência de Pacific Palisades cercado pela família em um bairro exclusivo próximo a Malibu, 25 km ao oeste de Los Angeles.
Pollack, que recebeu o Oscar de melhor diretor em 1986 por "Entre Dois Amores", morreu um dia depois da estréia de "Recount" ("Recontagem"), um filme para TV produzido pela HBO sobre o famoso episódio da recontagem dos votos na Flórida durante a eleição presidencial americana de 2000 cuja direção teve que abandonar em agosto por causa da doença.
O diretor Jay Roach substituiu Pollack no comando da produção.
Pollack construiu uma carreira de quase 50 anos como produtor, diretor, roteirista e ator. Esta última faceta pode ser vista no filme "O Melhor Amigo da Noiva", atualmente em cartaz e no qual interpreta o pai de Patrick Dempsey.
Diretor de estrelas como Barbra Streisand, Paul Newman, Sidney Poitier, Jane Fonda, Meryl Streep e Robert Redford, o dinâmico Pollack nasceu em Lafayette, em Indiana, no dia 1º de julho de 1934 em uma família de imigrantes russos judeus.
Streep e Redford formaram o casal de "Entre Dois Amores", que recebeu sete Oscar, incluindo melhor filme e diretor.
Outro longa marcante em sua carreira foi "Tootsie", de 1982, no qual Dustin Hoffman demonstrou todo seu talento no papel de uma mulher e que também rendeu a Pollack uma indicação ao Oscar.
Pollack também foi indicado ao maior prêmio da indústria cinematográfica por "A Noite dos Desesperados" (1969).
A estréia de Pollack na direção cinematográfica foi com "Mais Forte que a Vingança" (1972), um western protagonizado por Robert Redford, que se tornaria seu ator preferido.
Diretor, ator, produtor e roteirista, Pollack emplacou sucessos como "Os três dias do Condor" (1975), "A Firma" (1993), "A Intérprete" (2005).
Em sua carreira como produtor esteve à frente de quase 40 filmes, incluindo sucessos como "O Talentoso Ripley" (1999), "O Americano Tranqüilo" (2002), "Cold Mountain" (2003) e o recente "Conduta de Risco", no qual também atuou como ator e que em 2008 deu à britânica Tilda Swinton o Oscar de melhor atriz coadjuvante.
O diretor também fez participações como ator na televisão, com algumas aparições na série "Will and Grace" como o pai do protagonista Will Truman.
Seu prestígio como cineasta o levou a integrar o júri do Festival de Cannes em 1973 e a presidir o mesmo em 1986.
Sidney Pollack era casado desde 1958 com Claire Griswold, com quem teve três filhos.

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