O interrogatório da madrasta de Isabella Nardoni, Anna Carolina Jatobá, terminou por volta das 17h30 desta quarta-feira (28). Diante do juiz no Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo, ela se emocionou, criticou a polícia e disse que as acusações contra ela são "totalmente falsas".
Os jornalistas não puderam acompanhar o interrogatório. De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), durante a primeira hora do depoimento, ela manteve um tom choroso. No tempo restante, a ré aparentou estar mais calma. Contou diante do juiz, do promotor e dos advogados, que foi pressionada pela Polícia Civil a delatar Alexandre Nardoni como o autor do crime.
Anna Carolina culpou a postura da delegada Renata Pontes, do 9º Distrito Policial. "Vou colocar você em uma (prisão) temporária. O Alexandre tem faculdade, você não. Você tem noção do que é cair numa prisão?", teria dito a delegada, conforme o depoimento de Anna Carolina relatado pela assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça. Desde o começo do interrogatório Anna Carolina se mostrou inconformada. Enquanto o juiz lia a denúncia feita pelo promotor, ela balançava a cabeça negativamente.
O interrogatório começou às 13h52 desta quarta-feira (28) e foi realizado pelo juiz Mauricio Fossen, no Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo.Algemada na sala de audiência, a madrasta de Isabella chorou algumas vezes durante o interrogatório, segundo informaram os assessores do TJ. O juiz pediu algumas vezes que ela falasse mais devagar. Um dos momentos nos quais ela se mostrou emocionada foi ao lembrar do café-da-manhã preparado no sábado que antecedeu a morte da menina. Anna Carolina contou ao juiz que Isabella pediu que ela preparasse pão com requeijão e suco de morango.
Anna Carolina emocionou-se novamente ao afirmar que, se Isabella não fosse bem tratada por ela, sua mãe, Ana Carolina de Oliveira, não permitiria as visitas. Neste momento, o juiz ofereceu a Jatobá um lenço para ela limpar as lágrimas. Ainda de acordo com a assessoria do TJ, a madrasta de Isabella enfatizou a perda de chave de seu apartamento, no Edifício London, e um desentendimento entre os pedreiros que faziam obras no imóvel, o que levou o casal a dispensar um deles. Devido a essa briga, um dos funcionários não voltou mais ao trabalho e o outro permaneceu trabalhando na obra. Ela também afirmou que um dos funcionários ficou com as chaves até o término do serviço.Anna disse ao juiz que perdeu a chave ao levar as crianças à escola. Segundo ela, quatro pessoas sabiam que a madrasta tinha perdido a chave. Ela não foi questionada sobre isso pelo juiz Maurício Fossen, mas deu ênfase à discussão dos pedreiros e a perda das chaves durante o depoimento.
Picape preta
A madrasta negou que houvesse sangue no carro do casal e descreveu as posições de cada um dentro do automóvel. Também relatou que, enquanto esperava na garagem Alexandre Nardoni levar Isabella para o apartamento, viu uma picape preta entrar no edifício com som alto e duas pessoas em seu interior. Segundo ela, quando Alexandre desceu, o som desse carro já tinha sido abaixado, mas o casal decidiu aguardar um pouco antes de levar as crianças para casa, porque uma delas tem sono leve e poderia despertar.O juiz perguntou a Jatobá se, ao chegar no hall do apartamento, Alexandre estaria com a chave na mão ou tirado do bolso. Ela respondeu que a chave foi tirada pelo marido do bolso. Ao entrar no imóvel e não encontrar Isabella, ela disse que Alexandre perguntou: "Cadê a Isabella?" Ao que ela responde: "Ela deve ter caído da cama". Foi então que Anna Jatobá disse ter visto sangue no lençol da cama do quarto, antes de o casal constatar a queda. Segundo ela, em seguida, Alexandre foi até a tela de proteção cortada. A madrasta também desenho em um papel a disposição dos móveis do apartamento na noite do crime a pedido do juiz.Ela contou que, ao entrar no quarto, viu, além do sangue no lençol, o edredon bagunçado e a tela de proteção cortada. Segundo ela, Alexandre Nardoni subiu na cama e colocou a cabeça para fora, com o filho Pietro, de 3 anos, no colo. Foi quando ele viu Isabella caída no jardim. Ela afirmou que, para olhar para baixo pelo furo, ele teria de subir na cama. "Ele ficou branco e gritou: 'A Isabella está lá embaixo'", contou ela, que estava com o Cauã, o filho menor nos braços. Anna Jatobá relatou ter ficado desesperada e gritado muito. Alexandre Nardoni, disse a madrasta, pediu para que ela telefonasse para o pai.
Conversa com a mãe
Segundo os assessores do TJ, a madrasta contou ainda ter conversado por telefone com a mãe de Isabella, Ana Carolina de Oliveira, sobre quando poderia buscar a menina na sexta-feira, dia 28 de março. Segundo ela, no dia seguinte, após o café da manhã, as crianças desceram para brincar na piscina do Edifício London, quando ela encontrou o zelador do edifício que perguntou se Isabella era filha de Alexandre. Na ocasião, ela também encontrou outro pedreiro que também trabalhou no apartamento deles.Anna Jatobá disse que, depois das 17h, a família saiu para visitar seus pais, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Antes disso, passaram no Sam's Club e também em uma lanchonete Mc Donald's em Guarulhos, onde Isabella tomou sorvete. Na casa dos pais dela, o casal brincou com as crianças. Ela lembrou que Isabella disse por telefone à mãe que estava feliz. Ela ainda reiterou relato feito ao Fantástico de que tomava banho com Isabella e que a criança fazia um coração no vapor da porta do box.
Sozinha
Anna Carolina veste calça e camisa de cor cáqui - uniforme do presídio -, uma sapatilha prata e está com os cabelos presos. De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), ela poderá acompanhar o interrogatório do marido, desde que a ordem seja mantida. Alexandre não assiste ao depoimento de Anna Carolina porque isso poderia orientar as suas respostas.Os três advogados de defesa acompanham a audiência, assim como dois advogados da Comissão de Prerrogativa da OAB de Santana, o promotor Francisco Cembranelli e a assistente de acusação (advogada contratada por Ana Carolina Oliveira), Cristina Christo. Os pais de Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni não foram autorizados pelo juiz Maurício Fossen a acompanhar o interrogatório deles.
Anna Carolina emocionou-se novamente ao afirmar que, se Isabella não fosse bem tratada por ela, sua mãe, Ana Carolina de Oliveira, não permitiria as visitas. Neste momento, o juiz ofereceu a Jatobá um lenço para ela limpar as lágrimas. Ainda de acordo com a assessoria do TJ, a madrasta de Isabella enfatizou a perda de chave de seu apartamento, no Edifício London, e um desentendimento entre os pedreiros que faziam obras no imóvel, o que levou o casal a dispensar um deles. Devido a essa briga, um dos funcionários não voltou mais ao trabalho e o outro permaneceu trabalhando na obra. Ela também afirmou que um dos funcionários ficou com as chaves até o término do serviço.Anna disse ao juiz que perdeu a chave ao levar as crianças à escola. Segundo ela, quatro pessoas sabiam que a madrasta tinha perdido a chave. Ela não foi questionada sobre isso pelo juiz Maurício Fossen, mas deu ênfase à discussão dos pedreiros e a perda das chaves durante o depoimento.
Picape preta
A madrasta negou que houvesse sangue no carro do casal e descreveu as posições de cada um dentro do automóvel. Também relatou que, enquanto esperava na garagem Alexandre Nardoni levar Isabella para o apartamento, viu uma picape preta entrar no edifício com som alto e duas pessoas em seu interior. Segundo ela, quando Alexandre desceu, o som desse carro já tinha sido abaixado, mas o casal decidiu aguardar um pouco antes de levar as crianças para casa, porque uma delas tem sono leve e poderia despertar.O juiz perguntou a Jatobá se, ao chegar no hall do apartamento, Alexandre estaria com a chave na mão ou tirado do bolso. Ela respondeu que a chave foi tirada pelo marido do bolso. Ao entrar no imóvel e não encontrar Isabella, ela disse que Alexandre perguntou: "Cadê a Isabella?" Ao que ela responde: "Ela deve ter caído da cama". Foi então que Anna Jatobá disse ter visto sangue no lençol da cama do quarto, antes de o casal constatar a queda. Segundo ela, em seguida, Alexandre foi até a tela de proteção cortada. A madrasta também desenho em um papel a disposição dos móveis do apartamento na noite do crime a pedido do juiz.Ela contou que, ao entrar no quarto, viu, além do sangue no lençol, o edredon bagunçado e a tela de proteção cortada. Segundo ela, Alexandre Nardoni subiu na cama e colocou a cabeça para fora, com o filho Pietro, de 3 anos, no colo. Foi quando ele viu Isabella caída no jardim. Ela afirmou que, para olhar para baixo pelo furo, ele teria de subir na cama. "Ele ficou branco e gritou: 'A Isabella está lá embaixo'", contou ela, que estava com o Cauã, o filho menor nos braços. Anna Jatobá relatou ter ficado desesperada e gritado muito. Alexandre Nardoni, disse a madrasta, pediu para que ela telefonasse para o pai.
Conversa com a mãe
Segundo os assessores do TJ, a madrasta contou ainda ter conversado por telefone com a mãe de Isabella, Ana Carolina de Oliveira, sobre quando poderia buscar a menina na sexta-feira, dia 28 de março. Segundo ela, no dia seguinte, após o café da manhã, as crianças desceram para brincar na piscina do Edifício London, quando ela encontrou o zelador do edifício que perguntou se Isabella era filha de Alexandre. Na ocasião, ela também encontrou outro pedreiro que também trabalhou no apartamento deles.Anna Jatobá disse que, depois das 17h, a família saiu para visitar seus pais, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Antes disso, passaram no Sam's Club e também em uma lanchonete Mc Donald's em Guarulhos, onde Isabella tomou sorvete. Na casa dos pais dela, o casal brincou com as crianças. Ela lembrou que Isabella disse por telefone à mãe que estava feliz. Ela ainda reiterou relato feito ao Fantástico de que tomava banho com Isabella e que a criança fazia um coração no vapor da porta do box.
Sozinha
Anna Carolina veste calça e camisa de cor cáqui - uniforme do presídio -, uma sapatilha prata e está com os cabelos presos. De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), ela poderá acompanhar o interrogatório do marido, desde que a ordem seja mantida. Alexandre não assiste ao depoimento de Anna Carolina porque isso poderia orientar as suas respostas.Os três advogados de defesa acompanham a audiência, assim como dois advogados da Comissão de Prerrogativa da OAB de Santana, o promotor Francisco Cembranelli e a assistente de acusação (advogada contratada por Ana Carolina Oliveira), Cristina Christo. Os pais de Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni não foram autorizados pelo juiz Maurício Fossen a acompanhar o interrogatório deles.
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