domingo, janeiro 11, 2009

DOMINGO SANGRENTO NA FAIXA DE GAZA: 901 MORTOS

CHUVA ISRAELENSE DE BOMBARDEIOS
O Exército de Israel aumentou neste domingo (11) seus bombardeios aéreos e de unidades de artilharia em um dos dias mais sangrentos de sua ofensiva militar na Faixa de Gaza. O número de mortos aumentou para 901 e o de feridos para 3.695.
Um dos ataques áereos, inclusive, acabou causando feridos além da Faixa de Gaza. Três policiais e duas crianças foram atingidos, já dentro do território do Egito, por estilhaços de mísseis disparados pelos israelenses.
Em Gaza, segundo o chefe do serviço de emergências em Gaza, Muawiya Hassanein, 38 pessoas morreram e pelo menos 80 ficaram feridas por causa dos ataques que as forças israelenses realizaram neste dia. Hassanein afirmou que se trata de um dos dias "mais sangrentos" em 16 dias de ofensiva israelense.
O bairro de Sheikh Aylin, na periferia da cidade de Gaza, foi cenário esta manhã de um encarniçado combate terrestre, quando milicianos do Hamas e de outros grupos armados enfrentaram soldados israelenses que penetraram na área. Após a retirada de soldados israelenses, que receberam o apoio de uma coluna de veículos blindados, as ambulâncias recolheram das ruas os corpos de 12 combatentes palestinos. Seis civis morreram no bombardeio de suas casas em Beit Lahia, no norte de Gaza, e mais seis perderam a vida em diferentes ataques em outros pontos de Gaza.
Testemunhas disseram que entre as vítimas do bairro de Tal el-Hawa há duas crianças. Outros cinco civis morreram após suas casas serem atingidas por tiros de tanques em Jabalia, no norte do território. A aviação israelense começou suas operações com bombardeios aéreos contra cerca de 60 alvos, entre os quais estava uma mesquita da localidade de Rafah, no sul de Gaza, que segundo o Exército de Israel era usada pelos grupos armados como arsenal.
A região foi novamente bombardeada durante a tarde para destruir túneis que ligam Gaza ao Egito e que são usados por grupos armados para o transporte de armas, munição e foguetes. Também foi bombardeada a casa de Ahmed Yabri, chefe do braço armado do Hamas - as Brigadas de Ezedin al-Qassam -, que como os outros líderes do movimento islâmico passaram para a clandestinidade quando começou a ofensiva israelense. Outros alvos foram as sedes dos ministérios da Cultura e de Assuntos para as Mulheres, que acabaram destruídos. O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, ordenou na manhã deste domingo que prossiga a ofensiva e afirmou que "se aproximam" os "objetivos" que seu país estabeleceu em Gaza.
"Israel está chegando perto de seus objetivos, mas é preciso ter mais paciência e determinação para alcançá-los num nível que realmente mude a realidade da segurança no sul e permita que nossos cidadãos vivam com estabilidade por um longo período", disse Olmert ao dar início a uma reunião de gabinete em Jerusalém.
A respeito da resolução da ONU pedindo um cessar-fogo imediato, ele afirmou que apenas Israel pode decidir sobre a melhor maneira de proteger seus cidadãos.

0 comentários: