INFLAÇÃO VOLTA A ASSUSTAR BRASILEIROS

A inflação calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) voltou a subir e chegou a 0,79% em maio, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mês anterior, o IPCA havia ficado em 0,55%. Com a alta, a taxa é a maior desde abril de 2005 (0,87%). O indicador é usado pelo Banco Central para definição das metas de inflação.
No ano, o índice acumula alta de 2,88%, contra 1,79% no mesmo período do ano passado. Nos últimos doze meses, o acumulado foi de 5,58%, também acima da taxa dos doze meses imediatamente anteriores (5,04%). Em maio de 2007, o IPCA havia sido 0,28%. Os alimentos foram mais uma vez os principais responsáveis pela elevação do índice. Com alta de 1,95%, acima da variação de abril (1,29%), o grupo alimentação e bebidas contribuiu com 0,43 ponto percentual, o que representou 54% do IPCA. Com a alta de maio, o grupo dos alimentícios acumulou 6,40% no ano, bem acima de igual período do ano passado, quando o resultado foi 2,81%.
Poucos alimentos escaparam da alta generalizada, sendo as frutas (-5,40%) e o feijão carioca (-11,26%) as exceções a serem destacadas. Os demais preços tiveram crescimentos expressivos. O arroz, liderando as contribuições individuais, deteve 0,11 ponto percentual, passando a custar 19,75% a mais do que em abril. O pão francês teve alta de 4,74% e as carnes, de 3,45%.
Não alimentícios
Os produtos não alimentícios também aumentaram, passando dos 0,34% de abril para 0,46% em maio e acumulando, no ano, 1,91%. Os serviços bancários tiveram aumento médio de 8,74%. Os preços dos artigos de limpeza cresceram 1,81%, enquanto os remédios ficaram 0,97% mais caros. A variação de 0,26% no item combustíveis foi puxada pelo álcool, cujos preços tiveram alta de 1,11%.