Desde que a Suprema Corte da Califórnia autorizou o casamento gay no estado norte-americano, houve uma verdadeira corrida aos cartórios locais. As brasileiras Soraya Bittencourt e Lucila de Oliveira, ambas de 48 anos de idade e residentes em um subúrbio de San Francisco, vão aproveitar a ocasião para, em agosto, oficializar sua relação, que já dura, na prática, 25 anos.
“Minha mulher sempre diz que nós estamos dizendo 'sim' há 25 anos, e agora finalmente poderemos dizer 'sim' legalmente”, conta Soraya, presidente de uma empresa da área de gestão de saúde. Ela já foi executiva da Microsoft, graças a um projeto de site que vendeu pessoalmente a Bill Gates. Lucila trabalha como contadora.
“São nossas bodas de prata”, alegra-se Soraya, ao contar um pouco sobre como será a festa. Aproveitando o verão no hemisfério norte, elas farão uma comemoração à beira da piscina. “Com a Lucila nada é mera formalidade. A festa começa à 1h da tarde e termina quando todos forem embora”, adianta.
Histórias como a das duas agora são comuns na Califórnia. “Conhecemos muitos casais que têm mais de 15 ou 20 anos de vida em comum e agora vão se casar”, conta Soraya. Para todos eles, o imposto de renda é um motivo a mais para correr ao cartório, entre outros aspectos legais.
Contratos
Até então, os casais homossexuais tinham que fazer contratos para garantir que seus parceiros tivessem direito a plano de saúde e herança, por exemplo. Como executiva, Soraya é ligada nas questões financeiras.
"Você declarar imposto como solteira é muito diferente de declarar como casada. O retorno (como casada) é enorme. O governo está comendo o dinheiro da gente há anos", reclama.
Ocupadas, Soraya e Lucila não terão tempo para lua-de-mel. “Agora não vamos viajar, porque temos trabalhado muito ultimamente. Mas assim que pudermos, queremos tirar um tempo na Itália” . Por enquanto, elas também não pensam em juntar sobrenomes. “A Lucila sempre quis mudar de nome para chamar Bittencourt de Oliveira, que é o sobrenome da (cantora) Simone. A gente achou que seria interessante. Mas, como temos muitos documentos com nossos nomes de solteiras, teríamos que mudar tudo, e então resolvemos deixar como está. Mas se resolvermos ter filhos, vamos mudar para ficar tudo direito para a criança. Aqui nos Estados Unidos é possível mudar de nome a qualquer hora”, explica Soraya.
Aceitação
O casal saiu do Brasil para buscar melhores oportunidades profissionais, já que, como conta Soraya, "aos 23 anos já havia atingido o topo da carreira no Brasil". Mas a questão da melhor aceitação da homossexualidade na sociedade norte-americana também foi determinante para que emigrassem.
"Aqui nos EUA as pessoas têm a noção de que não se é gay por escolha própria, mas porque se nasce assim. Você escolhe apenas se quer assumir ou não. E é como eu sinto e como eu penso. No Brasil, no entanto, as pessoas acham que é uma escolha. É uma coisa mais fácil de ser aceita do que pensar que a pessoa já nasceu assim. Desde que cheguei aqui (nos EUA), notei que o fato de você ser homossexual não faz a menor diferença", observa Soraya.
“Minha mulher sempre diz que nós estamos dizendo 'sim' há 25 anos, e agora finalmente poderemos dizer 'sim' legalmente”, conta Soraya, presidente de uma empresa da área de gestão de saúde. Ela já foi executiva da Microsoft, graças a um projeto de site que vendeu pessoalmente a Bill Gates. Lucila trabalha como contadora.
“São nossas bodas de prata”, alegra-se Soraya, ao contar um pouco sobre como será a festa. Aproveitando o verão no hemisfério norte, elas farão uma comemoração à beira da piscina. “Com a Lucila nada é mera formalidade. A festa começa à 1h da tarde e termina quando todos forem embora”, adianta.
Histórias como a das duas agora são comuns na Califórnia. “Conhecemos muitos casais que têm mais de 15 ou 20 anos de vida em comum e agora vão se casar”, conta Soraya. Para todos eles, o imposto de renda é um motivo a mais para correr ao cartório, entre outros aspectos legais.
Contratos
Até então, os casais homossexuais tinham que fazer contratos para garantir que seus parceiros tivessem direito a plano de saúde e herança, por exemplo. Como executiva, Soraya é ligada nas questões financeiras.
"Você declarar imposto como solteira é muito diferente de declarar como casada. O retorno (como casada) é enorme. O governo está comendo o dinheiro da gente há anos", reclama.
Ocupadas, Soraya e Lucila não terão tempo para lua-de-mel. “Agora não vamos viajar, porque temos trabalhado muito ultimamente. Mas assim que pudermos, queremos tirar um tempo na Itália” . Por enquanto, elas também não pensam em juntar sobrenomes. “A Lucila sempre quis mudar de nome para chamar Bittencourt de Oliveira, que é o sobrenome da (cantora) Simone. A gente achou que seria interessante. Mas, como temos muitos documentos com nossos nomes de solteiras, teríamos que mudar tudo, e então resolvemos deixar como está. Mas se resolvermos ter filhos, vamos mudar para ficar tudo direito para a criança. Aqui nos Estados Unidos é possível mudar de nome a qualquer hora”, explica Soraya.
Aceitação
O casal saiu do Brasil para buscar melhores oportunidades profissionais, já que, como conta Soraya, "aos 23 anos já havia atingido o topo da carreira no Brasil". Mas a questão da melhor aceitação da homossexualidade na sociedade norte-americana também foi determinante para que emigrassem.
"Aqui nos EUA as pessoas têm a noção de que não se é gay por escolha própria, mas porque se nasce assim. Você escolhe apenas se quer assumir ou não. E é como eu sinto e como eu penso. No Brasil, no entanto, as pessoas acham que é uma escolha. É uma coisa mais fácil de ser aceita do que pensar que a pessoa já nasceu assim. Desde que cheguei aqui (nos EUA), notei que o fato de você ser homossexual não faz a menor diferença", observa Soraya.
0 comentários:
Postar um comentário