sexta-feira, junho 20, 2008

OPERAÇÃO JOÃO DE BARRO: 11 PREFEITURAS DO NORTE DE MINAS SÃO INVESTIGADAS

Policial aborda chefe do núcleo de apoio da secretaria de Serviços Urbanos, Elaine Souza Vilane
Prefeituras do Norte de Minas voltaram a ser alvo da polícia federal. Onze prefeitos da região teriam desviado verbas de obras do PAC - Programa de aceleração do crescimento para construção de casas populares, além de outras verbas do governo federal, como seria o caso de Montes Claros. São investigados também outros contratos de prefeituras, utilizando recursos do governo federal, que somam R$ 2 bilhões.
As informações são da polícia federal, que deflagrou ontem a operação João de Barro, com o objetivo de desarticular uma suposta quadrilha que atuava em prefeituras de sete estados brasileiros e que teria provocado um rombo de R$ 700 milhões aos cofres públicos.
As prefeituras do Norte de Minas investigadas são: Água Boa, Almenara, Buritis, Buritizeiro, Francisco Dumont, Jaíba, Mamonas, Monte Azul, Montes Claros, Pirapora e São Francisco.
O chefe da polícia federal em Moc, delegado Marcelo Eduardo Freitas, informa que a operação não acabou. Várias outras ações, além da ocupação das prefeituras para apreensão de documentos que estão sendo analisados pela PF, ainda estão previstas.
O delegado informou também que todas as informações sobre o montante desviado por cada prefeitura e os suspeitos de integrar a quadrilha em cada município só serão divulgadas pelo departamento de comunicação social da PF em Brasília, após o término da operação.
Fonte policial, que pediu para não ser identificada, explica que, todas as investigações se referem às administrações atuais, inclusive a de Moc.- As investigações se referem às atuais administrações, já que o PAC foi criado recentemente, e nenhuma administração anterior recebeu verbas desse programa. É preciso deixar claro também que não é por que os recursos do programa ainda não foram aplicados no município que não possa ter ocorrido desvio. Outro ponto é que as prefeituras não estão sendo investigadas apenas pela suspeita de desvio dos recursos do PAC, mas também por desvio através de outros convênios do governo federal, como é o caso de Montes Claros – afirma o policial que participa da operação na cidade

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