A prefeitura de Montes Claros foi alvo, nesta sexta-feira, da operação João de Barro, desencadeada pela polícia federal em 29 cidades de Minas, com o objetivo de combater fraudes na concessão de verbas do PAC – Programa de aceleração do crescimento, voltadas para construção de casas populares e estações de tratamento de esgoto. O prédio foi tomado pelos agentes federais, armados, logo cedo, surpreendendo os funcionários que esperavam pela abertura do expediente.
O objetivo da operação, realizada ainda em outras 28 prefeituras mineiras (entre elas as de Belo Horizonte e, no Norte de Minas, de Pirapora, Buritizeiro Várzea da Palma e de Curvelo) era encontrar documentos que ajudem a comprovar o desvio de dinheiro público na utilização das verbas federais para compra de material de construção.
A ação policial se repetiu ainda em outros sete estados.
Ao todo, os agentes cumpriam 38 mandados de prisão e 231 de busca e apreensão. A suspeita é de que os projetos envolvidos no esquema fraudulento tenham causado aos cofres públicos um prejuízo de pelo menos R$ 700 milhões – que poderia chegar a R$ 2 bilhões se a operação não fosse desencadeada.
As fraudes, ainda segundo a polícia federal, eram conseguidas através das chamadas transferências voluntárias, quando o governo federal libera recursos financeiros aos estados e municípios – inclusive ao Distrito Federal, que também sofreu ação da PF.
OPERAÇÃO NORMAL
Em Moc, assim que a ação policial foi deflagrada, a imprensa se posicionou nas dependências e na área externa do prédio da prefeitura, mas teve rigorosamente proibido o seu acesso às salas das secretarias, onde eram recolhidos os documentos.
- Não podemos tecer qualquer comentário sobre a operação – disse o agente policial Ricardo, repassando aos repórteres nomes de pessoas (e números de telefones) da polícia federal em BH que seriam as únicas autorizadas a tecerem qualquer informação sobre a operação.
Na prefeitura, ninguém estava autorizado a falar sobre o assunto, nem mesmo o vice-prefeito Sued Botelho - PT.
- Qualquer informação será dada através de nota oficial que a administração divulgará ainda hoje – disse.
Por volta das 09h, com os agentes policiais nas dependências do prédio, Sued ainda aguardava nas escadarias da prefeitura pela chegada do prefeito Athos Avelino – PPS.
Demonstrando tranqüilidade, apesar da visita inusitada, Sued preferiu não conceder entrevista sobre o episódio – até porque o avaliou como normal.
- E essa é uma responsabilidade do prefeito. Dizer algo a vocês, da imprensa, ao povo. É dele. Apenas digo que é uma operação padrão da polícia federal, que se repete em todo o país. Não é nada especial envolvendo exclusivamente Montes Claros – resumiu.
O prefeito Athos chegou ao seu gabinete pelos fundos do prédio da prefeitura, por volta das 09h30. Em seguida se reuniu na secretaria da Fazenda, a portas fechadas, com os policiais, e onde permaneceu até o fechamento desta reportagem.
FRAUDES
De acordo com as investigações da polícia federal, o dinheiro do PAC, liberado através de convênios firmados pelas prefeituras com a Caixa Econômica Federal e BNDS, para ser aplicado na construção de casas populares e estações de tratamento de esgoto, era desviado principalmente através da utilização de material de qualidade inferior. As prefeituras também entregavam as obras com extensão reduzida em relação ao projeto original de construção. Muitas prefeituras chegavam a receber os recursos e nem mesmo davam início às obras.
A Operação João de Barro atingiu os estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Goiás, Tocantins e Distrito Federal.
Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo Supremo Tribunal federal e os de prisão pela 2ª Vara de Governador Valadares.
O objetivo da operação, realizada ainda em outras 28 prefeituras mineiras (entre elas as de Belo Horizonte e, no Norte de Minas, de Pirapora, Buritizeiro Várzea da Palma e de Curvelo) era encontrar documentos que ajudem a comprovar o desvio de dinheiro público na utilização das verbas federais para compra de material de construção.
A ação policial se repetiu ainda em outros sete estados.
Ao todo, os agentes cumpriam 38 mandados de prisão e 231 de busca e apreensão. A suspeita é de que os projetos envolvidos no esquema fraudulento tenham causado aos cofres públicos um prejuízo de pelo menos R$ 700 milhões – que poderia chegar a R$ 2 bilhões se a operação não fosse desencadeada.
As fraudes, ainda segundo a polícia federal, eram conseguidas através das chamadas transferências voluntárias, quando o governo federal libera recursos financeiros aos estados e municípios – inclusive ao Distrito Federal, que também sofreu ação da PF.
OPERAÇÃO NORMAL
Em Moc, assim que a ação policial foi deflagrada, a imprensa se posicionou nas dependências e na área externa do prédio da prefeitura, mas teve rigorosamente proibido o seu acesso às salas das secretarias, onde eram recolhidos os documentos.
- Não podemos tecer qualquer comentário sobre a operação – disse o agente policial Ricardo, repassando aos repórteres nomes de pessoas (e números de telefones) da polícia federal em BH que seriam as únicas autorizadas a tecerem qualquer informação sobre a operação.
Na prefeitura, ninguém estava autorizado a falar sobre o assunto, nem mesmo o vice-prefeito Sued Botelho - PT.
- Qualquer informação será dada através de nota oficial que a administração divulgará ainda hoje – disse.
Por volta das 09h, com os agentes policiais nas dependências do prédio, Sued ainda aguardava nas escadarias da prefeitura pela chegada do prefeito Athos Avelino – PPS.
Demonstrando tranqüilidade, apesar da visita inusitada, Sued preferiu não conceder entrevista sobre o episódio – até porque o avaliou como normal.
- E essa é uma responsabilidade do prefeito. Dizer algo a vocês, da imprensa, ao povo. É dele. Apenas digo que é uma operação padrão da polícia federal, que se repete em todo o país. Não é nada especial envolvendo exclusivamente Montes Claros – resumiu.
O prefeito Athos chegou ao seu gabinete pelos fundos do prédio da prefeitura, por volta das 09h30. Em seguida se reuniu na secretaria da Fazenda, a portas fechadas, com os policiais, e onde permaneceu até o fechamento desta reportagem.
FRAUDES
De acordo com as investigações da polícia federal, o dinheiro do PAC, liberado através de convênios firmados pelas prefeituras com a Caixa Econômica Federal e BNDS, para ser aplicado na construção de casas populares e estações de tratamento de esgoto, era desviado principalmente através da utilização de material de qualidade inferior. As prefeituras também entregavam as obras com extensão reduzida em relação ao projeto original de construção. Muitas prefeituras chegavam a receber os recursos e nem mesmo davam início às obras.
A Operação João de Barro atingiu os estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Goiás, Tocantins e Distrito Federal.
Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo Supremo Tribunal federal e os de prisão pela 2ª Vara de Governador Valadares.
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